domingo, novembro 27, 2005

20 minutos fatídicos

Manifesto Anti-baldas, por Ricardo Lineu

“Queridos Amigos,

Antes que tudo, quero saudá-los a todos com carinho e desejar-vos uma épica jornada futebolística.
É sempre uma satisfação enorme um “Calcio di NAB”.
Mas este manifesto aparece por tristes motivos, que de uma vez por todas devem ser banidos do nosso comportamento.
É inadmissível que nesta conjuntura de crescimento futebolístico global, se quebre um desenvolvimento positivo em prol de interesses pessoais, que em nada dignificam quem os pôs superiores aos interesses da colectividade.
Não se pode aceitar que não haja “quórum”, quando há pelo menos dezasseis opções, e essas opções deviam passar uma imagem de credibilidade perante a instituição.
Não é justo que uns dêem tudo e outros quase tudo.
Vamos dar um murro na mesa!!!
Os valores que nos unem são a paixão pela bola e a amizade que partilhamos.
São os nossos trunfos. Não os deixemos desvanecer.
Vamos todos lutar para sermos maiores e que situações destas não mais se repitam.

Com toda a garra:

Viva o NAB, viva Portugal!

Que nunca acabe o espírito do NAB!”

26 de Novembro de 2005
Ricardo Lineu

Após o sentido momento protagonizado pelo nosso companheiro Ricardo Lineu, que antes do jogo, manifestou os seus sentimentos ao grupo, através da leitura do seu manifesto, os atletas do Calcio di NAB avançaram para a 8ª Jornada da Liga Betadine.

Fazendo jus a que o futebol é um desporto de Inverno, o frio e chuva estiveram presentes no “Sintético dos Astros”. Aos factores climatéricos alhearam-se por completo os capitães Miguel Oliveira e Ricardo Lineu, que com base nas tácticas que pretenderam implementar, escolheram as seguintes equipas:

A atacar para o lado das árvores:
Equipa do Miguel
Orlando na baliza, Miguel Oliveira na direita, Marco Sousa ao centro e Nuno Coelho a descair na esquerda. No meio campo Ribeirinho e Pupu e na frente Jaime. No banco dos suplentes o Bruno e o “atrasado” Pedro Oliveira.

De colete a atacar para o lado da escola:
Equipa do Ricardo Lineu

Sem guarda-redes fixo, os do Lineu iniciaram a contenda com o Hélder João baliza, Abel na direita, Quim Zé ao centro e Pedro Monteiro na esquerda. Cajó e Mané na linha média e João Leitão na frente. No banco de suplentes, o capitão Ricardo Lineu.

Contrariamente ao que é habitual nesta Liga, a partida iniciou-se com muitos golos, dando a vantagem nos primeiros minutos à equipa do Miguel, com os do Lineu a restabelecerem imediatamente a igualdade. Este foi o cenário até aos 3-3. A um golo dos do Miguel, os do Lineu respondiam com igualdade quase de imediato. Reflectia-se no marcador o que se passava em campo:
Um equilíbrio entre os conjuntos.

No entanto, este equilíbrio iria ser quebrado por dois factores. Se por um lado, as lesões quase simultâneas do Marco primeiro e depois do Jaime, viriam a condicionar as opções dos do Miguel, por outro lado, a estrutura da espinha dorsal dos do Lineu, manteve-se intacta durante toda a partida.

Com a dança das substituições, os do Lineu ficaram mais fortes. O Hélder João passou a ser a referência na frente, e o meio campo, com mais opções, manteve um ritmo muito forte.
A estas alterações, não conseguiram responder os do Miguel, pois com um plantel enfraquecido face ás lesões de jogadores importantes, permitiram que os contrários exercessem um domínio avassalador durante cerca de 20 minutos, período durante o qual conseguiram um “score” de 6-0, elevando o resultado para 9-3.

No meio deste cenário, não se compreendeu a decisão do Pedro Oliveira em avançar no terreno e fixar-se na frente, onde já se encontrava o Pupu, situação que criou uma avenida no lado direito, por onde os contrários tiveram ainda mais liberdade.
Até final da partida, coube aos do Ricardo Lineu controlar o marcador, e aguentar uma bonita reacção dos do Miguel, que nunca virando a cara à luta, e contando com o exemplo do capitão, seguidos de perto por alguns companheiros, tentaram o que era quase impossível, conseguindo levar o “placard” para números mais aceitáveis.

Resultado final de 11-7, numa partida marcada pelas lesões do Marco e do Jaime, que debilitaram muitíssimo a sua equipa. Nota positiva ainda para a equipa do Lineu que se revelou muito compacta e que teve momentos de grande brilhantismo.

Os Astros um a um:

Equipa do Miguel Oliveira
Orlando – A sua descida na classificação é inversamente proporcional com o que está a fazer em campo. Está a fazer defesas impossíveis, e a ele deixaram de ser atribuídas culpas pelas derrotas. Continua a revelar aqui e ali desatenções que resultam em golos fáceis para os adversários.
Miguel Oliveira – Começa a ser hábito os capitães assumirem as responsabilidades. Não se estranhou que o “militar” fosse o capitão, e cumpriu. Correu quilómetros, e bateu-se sempre muito bem no 1x1, sendo um exemplo para os seus companheiros pela forma como nunca entregou a vitória sem luta.
Marco Sousa – Poucos minutos em campo, limitado por uma lesão no joelho que o obrigou a sair do terreno de jogo.
Nuno Coelho – Foi uma das vítimas da saída do Marco. Tinha a seu cargo o sector esquerdo e estava a realizar boa exibição, conseguindo mesmo um bonito golo em remate de fora da área. Com a lesão do Marco passou ao eixo da defesa, onde não se deu bem com a “enchurrada” de adversários. No melhor período da sua equipa tentou empurrar a sua equipa para a frente. Foi dos que mais tentou puxar pelo "jardel" da sua equipa.
Ribeirinho – Não esteve ao seu nível. No meio campo nunca percebeu como se integrar com o Bruno, dando muitos espaços e não conseguindo suster as investidas dos adversários. Foi pelo seu sector que surgiram os maiores problemas à sua equipa teve.
Bruno – Face ao excesso de avançados na sua equipa, pediram-lhe para exercer funções que não são as suas, e isso reflectiu-se na sua exibição. Reparte com o Ribeirinho o despovoamento da linha média, dando igualmente muitos espaços aos adversários.
Pupu – Seria o segundo avançado, mas a lesão do Jaime colocou-se no seu lugar de raiz. Esteve discreto, não conseguindo arranjar espaços face ás marcações que lhe eram movidas, representando pouco perigo para a baliza dos adversários.
Jaime – Outra vitima das lesões. O seu gémeo cedeu quando o resultado estava em 3-3. Foi igualmente obrigado a sair das quatro linhas.
Pedro Oliveira – Jornada para esquecer. Chegou tarde, não escapou ao naufrágio defensivo e esqueceu o colectivo quando decidiu que ía jogar para a frente.

Equipa do Ricardo Lineu

Hélder João – Iniciou a partida na baliza, onde não esteve bem. Quando se fixou na frente foi um quebra-cabeças para a defesa contrária, sendo uma referência para os colegas e conseguindo golos de belo efeito. A sua movimentação criou muitos espaços para a entrada dos médios e esse factor foi decisivo na vitória.
Abel – É dos jogadores mais regulares da Liga Betadine. A sua escolha é um garante de boa coesão defensiva no seu sector, e no Sábado, conseguiu ainda integrar-se a preceito na manobra ofensiva, conseguindo rematar e ir á linha cruzar para os seus colegas.
Quim Zé – Jogou no eixo da defesa, e a sua tarefa ficou facilitada com as lesões dos adversários. Teve um jogo em que limitou a defender e dobrar os companheiros.
Ricardo Lineu – Desempenhou bem as tarefas defensivas, e não teve necessidade de, como é seu hábito, se aventurar muito no ataque. Jogo sóbrio.
Pedro Monteiro – Iniciou a partida na esquerda, mas foi no meio campo que a sua acção mereceu maior evidencia. A sua exibição não pode ser dissociada das acções que manteve com os seus colegas de sector Cajó ou Mané, conseguindo ser quase sempre superiores á dupla contrária. Foi exímio a recuperar bolas e a lançar o contra-ataque.
Mané – Está com bom ritmo e colocou-o em campo. O trio do meio campo decidiu a vitória e ele era um deles. Jogou, fez jogar e marcou golos decisivos em remates de fora da área. Excelente exibição no regresso a Portugal.
Cajó – Desempenhou funções de médio mais avançado. Dono de boa técnica, foi importante no circular da bola e conseguiu chegar muitas vezes com a bola controlada junto á baliza do Orlando, obtendo alguns golos. Foi defesa central nas substituições do Quim Zé.
João Leitão – Não lhe peçam para lutar e empregar força física. Peçam-lhe, como no Sábado, para abusar da sua técnica para ganhar espaços e tirar adversários do caminho. Descaindo para as linhas, conseguiu momentos de belo efeito em fintas diabólicas sobre os adversários. Peca ainda na altura do remate e em alguns preciosismos desnecessários em alta competição.

Momento do jogo – Destacam-se dois momentos na 8ª jornada.
Pelo simbolismo, o manifesto do Ricardo Lineu antes da partida
Pela arte colocada no lance, o bonito golo do Hélder João. Na sequencia de uma jogada de envolvimento da sua equipa, a bola chega ao avançado, que em plena pequena área, e com o guarda-redes nas costas, faz o impossível, e de calcanhar surpreende o Orlando, colocando a bola no fundo das redes, deixando o guardião sem reacção.
Até para a semana


domingo, novembro 13, 2005

Todos os "ingredientes" para uma boa receita

Realizou-se Sábado dia 12, a 7ª jornada da Liga Betadine, e será caso para dizer que foi uma jornada com todos os ingredientes para uma excelente propaganda ao futebol.
No sempre impecavelmente tratado relvado do Rainha D. Amélia, evoluíram 2 equipas que procuraram a vitória até ao último segundo, entregando-se a um jogo intenso, emotivo e bastante bem disputado, que levou a adrenalina aos limites.

Os capitães de equipa, Hélder João e Nuno Coelho, com a escolha algo condicionada face ás lesões que começam a massacrar os atletas, ditaram os seguintes alinhamentos:

Sem colete, a atacar para o lado da escola

Orlando na baliza, Miguel Oliveira na direita, Nuno Coelho ao centro e Ricardo Lineu na esquerda. No meio campo, Pedro Monteiro e João leitão e na frente Jaime.

De colete a atacar para o lado das árvores

De inicio Hélder João na baliza, Uma defesa com o Pedro Oliveira na direita, o Quim Zé ao centro e o Cajó na esquerda. O meio campo entregue ao Ribeirinho e Bruno, e na frente Pupu.

No melhor jogo a que até agora assistimos nesta competitiva Liga, na fase inicial verificou-se um ligeiro domínio dos de colete, face à superioridade que conseguiam na linha média, resultante da melhor adaptação e marcação da dupla Ribeirinho/Bruno sobre os contrários Pedro Monteiro/João leitão. Contando com esta vantagem, os de colete aproveitaram a inspiração dos seus laterais, que realizando ambos um grande jogo, ajudaram a balança a pender para o seu lado nesta fase.

E foi neste período que o Ribeirinho inaugura o marcador, na sequência de uma boa assistência do Quim Zé. O 1-0 teimou em persistir no marcador durante imenso tempo, pois os de colete, com ligeiro ascendente, não conseguiram concretizar algumas das boas oportunidades de golo, e os do Nuno, com o Jaime a ser alvo de marcação apertada pelo Quim Zé, não tinham muita fluidez na frente.

Face ao caminho que o jogo seguia, o Nuno Coelho começa a chamar a si algum protagonismo, subindo mais no terreno, revelando-se ajuda preciosa na linha média.
As alterações então produzidas na baliza dos de colete não deram o melhor resultado, pois os do Nuno assumem agora o ascendente do jogo, coroado com a obtenção do empate, aproveitando um passe mal medido do Pedro Oliveira, que permite ao Pedro Monteiro um potente remate de fora da área, levando a bola a embater com estrondo no poste, e na trajectória contrária, encontra o esforçado guarda-redes Ribeirinho, que na tentativa de defender, coloca a bola no fundo das redes.

Não duraria muito o empate, pois o Cajó conseguiria pouco tempo depois dar novamente a vantagem à sua equipa, vantagem esta que foi desfeita pelo Nuno Coelho, que na sequência de um contra-ataque em clara superioridade numérica, faz facilmente o 2-2.

Com nova igualdade no marcador, o jogo podia cair para “qualquer” equipa, mas foram mais felizes os do Hélder João, na obtenção do 3-2 por intermédio do próprio capitão, aproveitando um lance menos inspirado do guarda-redes contrário.

E com o resultado em 3-2 favorável aos do Hélder João, surge um dos casos do jogo.
A bola é colocada na entrada da área dos de colete, no Nuno Coelho, que com um toque mais forte lhe perde o controlo, sendo posteriormente tocado no pé pelo Quim Zé. Pediu-se “penalty”, não sendo concedido, e na reposição, que deveria ser dos de colete, com o jogadores quase todos parados, Ricardo Lineu consegue um golo de belo efeito, que o “fair-play” dos atletas tratou de anular.

Bonita atitude que foi de imediato recompensada com o 3-3, da autoria do inconformado Nuno Coelho, galgando muitos metros com a bola nos pés, e na zona central do terreno desfere um potente remate para a baliza do estático Hélder João.

Mais um empate no marcador, e maior incerteza no vencedor da partida.
O jogo de grande entrega de todos os jogadores, tinha uma evolução do marcador à medida do que se passava em campo – equilíbrio.

Com o resultado em 3-3, e as equipas a empenharem-se para atingir a vitória, as oportunidades de golo surgiam em ambas as balizas, e os guarda-redes revezavam-se em defesas impossíveis.

Os contra-ataques surgiram com mais frequência, e foi neste particular que os do Hélder João foram mais fortes conseguindo manter uma defesa sempre com muitos elementos.
E foi precisamente numa situação de vantagem numérica, que o Cajó consegue com uma frieza assassina, fazer o 4-3.
Este golo esmoreceu mas não matou os do Nuno, que se lançaram na busca de mais um empate.
Inteligentemente, os do Hélder João, utilizam então o futebol directo, criando uma parede em frente da sua baliza. Com “trancas à porta”, os minutos foram passando, e o jogo ficou selado com o 5-3 da autoria do Pedro Oliveira, que sozinho face ao Orlando, coloca calmante a bola para o lado mais fácil.

Resultado final de 5-3, numa belíssima partida de futebol, que nem sempre bem jogada, foi de uma intensidade e emotividade inigualáveis, fazendo com que os intervenientes se entregassem na sua disputa do primeiro ao ultimo minuto.
Parabéns aos atletas pelo empenho, entrega, e pelo brilhantismo com que se apresentaram

Jogos deste nível fazem desejar que o Sábado chegue mais depressa!!!

Análise individual

Equipa do Nuno Coelho:
Orlando – Numa exibição muito conseguida, teve momentos de verdadeiro brilhantismo, conseguindo salvar “golos feitos”, manchando no entanto a sua exibição num lance em que deixou a “sua marca”. Voltou a revelar o seu mau perder, com acusações pouco abonatórias aos seus colegas.
Miguel Oliveira – Esteve muito acima das jornadas passadas, correndo quilómetros. A defender travou com o Pupu um duelo particular, onde ganhou e perdeu lances. Conseguiu ainda ir várias vezes á linha de fundo tirar cruzamentos para os seus companheiros. Exibição globalmente bem conseguida.
Nuno Coelho – Assumiu a braçadeira, e foi o primeiro a perceber como poderia equilibrar o jogo. As suas investidas na frente criaram mais dificuldades aos adversários, e conseguiu mesmo ser o “pixixi” da sua equipa. Excelente jogo, a revelar a importância que um capitão tem em campo.
Ricardo Lineu – Um jogo à imagem do seu colega do flanco contrário, assumindo no entanto maior protagonismo ofensivo. As subidas dos seus adversários de flanco não lhe deram descanso a defender. Era dos mais inconformados no balneário.
João Leitão – Era um dos homens do meio campo, mas a sua acção foi muito limitada. Não foi lesto a soltar a bola, e não deu fluidez ao futebol da sua equipa, reflectindo-se na enorme quantidade de bolas perdidas.
Pedro Monteiro – Outro dos jogadores cujo a exibição esteve abaixo do habitual. Não conseguiu os raids a que nos habituou, fruto da marcação apertada que o meio campo contrário lhe moveu. Subiu o rendimento quanto sentiu mais apoio dos seus defesas.
Jaime – Bastante marcado pelo seu adversário directo Quim Zé, teve dificuldade em encontrar espaços para visar a baliza, e quando o conseguiu, lá estava a o guarda-redes a negar-lhe o golo.

Equipa do Hélder João
Hélder João – Iniciou o jogo na baliza, cotando-se como uma voz de comando. A sua passagem pela frente ficou marcada pala obtenção de um golo, e pela força física que veio impor na linha avançada.
Pedro Oliveira – Excelente jogo, que teria sido exemplar não fosse a assistência para o 1º golo dos adversários. Bastante clarividente tacticamente, soube explorar muito bem o seu flanco, não descurando as tarefas defensivas. Marcou o 5º golo, que serenou a sua equipa.
Quim Zé – Jogou como marcador do Jaime, acorrendo ás dobras quando necessário. Limitou muito a sua tarefa a esta missão, e foi a “ancora” da sua defesa.
Cajó – Assim como o Pedro, o lateral esquerdo fez um jogo excepcional. Subiu bem no terreno, e defendeu igualmente bem. Muito bem com a bola nos pés, guardando-a quando necessário e a saber soltá-la no momento certo. Revelou ainda veia goleadora, marcando dois golos.
Ribeirinho – Fez um jogo com um “olho no burro e outro no cigano” marcando sempre o seu adversário de zona. Neste particular, esteve bem, mas foi algo receoso nas subidas à área contrária.
Bruno – Por força das circunstâncias, recuou no terreno, jogando ao lado do Ribeirinho, e se iniciou o jogo muito bem, utilizando bem a técnica para fazer circular o esférico, com a correcção táctica adversária, perdeu-se no terreno, deixando muitas vezes a sua zona de acção. A sua velocidade não foi aproveitada pelos seus colegas, o que lhe limitou a exibição.
Pupu – Mais uma boa exibição deste “veterano”. Como ele diz, joga “caladinho”, mas sem se dar por ele, lá vai fazendo das suas. Fugindo à luta fisicamente desigual com o Nuno Coelho, encontrou nas laterais as zonas ideias para desenvolver o seu futebol e fazer inúmeras assistências para os seus colegas.

Em Alta
Ribeirinho - Com apenas uma derrota, lidera destacado a Liga Betadine, revelando-se determinante nas equipas para onde é escalado. Nem a falta de sono derivada da recente paternidade, altera a sua prestação.
Marco Sousa - O Calcio di NAB dá os parabéns e votos de dias muitos felizes ao mais recente "pápá" da Liga Betadine e ás suas meninas.
Quim Zé - Na semana seguinte à eleição de MOM da 6ª jornada, surge a primeira vitória.

Em Queda
João Leitão - Segura agora a lanterna vermelha, fruto do ultimo lugar. As exibições estão longe do seu melhor.
Nuno Bento - As lesões teimam em não o largar, e se para o Surf ainda vai dando, no futebol exige-se mais.
Orlando - Depois de uma boa vitória, de regresso ás derrotas, com reacção muito negativa. Afirmações de "eu não merecia perder" não caem bem para quem em campo, também dá o máximo!!!

Até para a semana

domingo, novembro 06, 2005

É para Sábados destes que este campeonato existe

A jornada 6 da Liga Betadine coincidiu com o almoço comemorativo do campeonato anterior, sendo por isso motivo de larga confraternização, antes e após a partida de futebol.
Não desfeiteando os convivas, o sol marcou presença, dando o colírio necessário a um relvado que impecavelmente bem tratado, proporcionou aos atletas as condições ideias para a realização de mais uma jornada.

A convocatória, muito concorrida ditou os seguintes alinhamentos da responsabilidade dos capitães Miguel Oliveira e João leitão:

De colete, a atacar para o lado da escola:
Orlando na baliza, na fase inicial João Leitão na direita, Marco Sousa ao meio e Pedro Monteiro a descair para a esquerda. No meio Cajó e Pupu e na frente o Jaime. Com a chegada do Nuno Coelho, proceder-se-iam a muitos ajustes tácticos.

Os do Miguel apresentaram o Abilio na baliza, João Rodrigues na direita, Pedro Oliveira ao centro e Lineu na esquerda. No meio campo Ribeirinho e Quim Zé e na frente de ataque, Bruno. No banco de suplentes, o capitão Miguel Oliveira.

Quando se pensaria que os alinhamentos proporcionariam um jogo equilibrado, o inicio da partida veio contrariar esta impressão, pois a equipa do João, melhor estruturada defensivamente, conseguia sair com a bola para o ataque, explorando muito bem o seu avançado Jaime.
E foi sem surpresa que aparece o 1-0 da autoria do Pedro Monteiro, em remate de fora da área. O domínio de jogo era total por parte dos do João, que não dando espaços para os ataques contrários respondiam sempre com perigo, aproveitando os erros alheios para sem surpresa irem aumentando o score a seu favor.

Com 2-1 favorável aos do João, resultado bastante lisonjeiro para os comandados do Miguel, face ao que se passava nas quatro linhas, o Nuno Coelho entra na partida ocupando o lugar de lateral direito sendo operado o primeiro vendaval táctico, com a subida do Pedro Monteiro para a linha média, ao lado do Cajó.
Esta alteração táctica desequilibra ainda mais a luta a meio campo, e é sem surpresa que o resultado evolui rapidamente para 5-1, na sequencia da pressão dos do João mas também face ao acumular de erros contrários.

Com o marcador bastante desfavorável, cabe aos do Miguel operar mudanças tácticas que iriam equilibrar novamente a partida.
O Quim Zé recua para o eixo da defesa, com as laterais entregues ao Lineu e alternadamente ao João e ao Miguel. O Pedro Oliveira avança no terreno, fixando-se na frente e o Bruno recua um pouco mais, ficando o Ribeirinho com as despesas do meio campo.

As alterações resultam em pleno, e num ápice o resultado é colocado num apertado 5-3, para mais tarde ser reduzido para a margem mínima.

Entra-se numa fase em que o jogo, completamente equilibrado, podia cair para qualquer lado, com oportunidades de golo em ambas as balizas.

Mas foram mais felizes os de colete, que aproveitando um erro de passe do Miguel a meio campo, convertem facilmente no 6-4, quase acabando a reacção dos contrários.

O jogo entra então numa fase de jogadas difíceis de analisar, com hipotéticas faltas a serem alvo de pedidos de grande penalidade, revelando o desespero de ambas as equipas.

O destino ficou então traçado, quando quase em cima da hora o marco faz o 7-4, num remate colocado à entrada da área.

Até final mais um golo para cada lado, revelando já o conformismo de ambas as equipas.

Resultado final de 8-5, numa partida rica em termos tácticos, com grandes mexidas no xadrez das equipas, onde os vencedores beneficiando de uma margem confortável no marcador, foram mais felizes e souberam aproveitar melhor os erros contrários.

Análise individual
Equipa do João Leitão

Orlando – Esteve bem melhor que em outros jogos, não se vislumbrando a sua habitual desmoralização. O bom arranque da sua equipa terá sido bom conselheiro. Não teve grandes culpas nos golos sofridos, e esteve bem na parte final do desafio em saídas aos pés dos adversários.
João Leitão – Pouco interventivo na partida, limitou-se a cumprir tacticamente o que pontualmente lhe era pedido. Ainda se nota falta de confiança com a bola nos pés.
Marco Sousa – Jogo sóbrio e sem grandes destaques. Jogou com muita segurança na fase inicial, quando os adversários não lhe causaram problemas. Estando bastante tempo no banco, apareceu em grande na parte final, com pulmão para ir à frente rematar, conseguindo inclusive um belo golo.
Pedro Monteiro – Começou na esquerda, mas foi no meio que a sua acção mais se fez notar, desequilibrando a luta no miolo. Foide treminate para o avolumar no marcador, com a obtenção de dois golos.
Cajó – O “Miúdo” está a crescer e fez um jogo muito aceitável. Marcou um golo aproveitando uma falha contrária. Foi muito esclarecido sempre que tinha a bola nos pés, assistindo sempre a preceito os seus colegas.
Pupu – Jogo de sacrifico deste atleta que completou esta semana 44 anos. Começou o jogo como médio/avançado, mas com as substituições foi jogando onde era preciso. A forma como consegue tirar os adversários da frente no 1x1 é preciosa na conquista de espaços.
Jaime – O avançado de raiz, funcionou como ponto de referência dos seus colegas. Perigoso nas bolas paradas, e com bom sentido de aproveitamento dos erros contrários, foi sempre uma arma apontada à baliza do Abilio.
Nuno Coelho – A sua entrada coincidiu com o melhor período da sua equipa. Jogou descaído para os flancos, subindo amiúde à área contrária. Na parte final, optou por jogar directo para o ponta-de-lança, sem grande sucesso.

Equipa do Miguel Oliveira
Abilio – Não foi por ele que a sua equipa perdeu. Realizou boas defesas, e esteve seguro entre os postes. Poucas ou nenhumas responsabilidades nos golos sofridos.
Miguel Oliveira – À semelhança de outras partidas não esteve bem. Deu bastantes espaços aos avançados, e cometeu muitos erros de passe. Na parte final do jogo, foi de grande entrega, cumprido bem a sua missão táctica. Fica irremediavelmente ligado ao 6-4 que cortou a recuperação da sua equipa.
Pedro Oliveira – Começou o jogo como central, e a sua exibição não estava a ser a melhor. Subiu de rendimento com as mexidas tácticas, passando a jogar na frente, onde alternou o bom, fazendo jogar os seus colegas, com alguma dose de individualismo.
Lineu – Jogo para esquecer deste jogador. A sua integração ofensiva foi nula, errando passes sucessivos. À semelhança do Miguel, compensou com grande entrega no cumprimento das suas funções defensivas.
João Rodrigues – Lesionou-se no inicio da partida, o que de alguma forma terá pesado na sua exibição, algo intermitente. Foi igualmente muito esforçado na cobertura táctica que teve de fazer aos seus colegas.
Quim Zé – Iniciou o jogo na posição de médio, mas a sua interligação com o seu colega de sector não foi a melhor. Recuou para central, tornando-se na voz de comando da sua equipa, sendo por aí que começou a reacção.
Ribeirinho – Um jogo algo apagado. No miolo não foi o “bombeiro” que nos habituou, e foi igualmente lento no desempenho da movimentação "box to box". Melhorou com as mexidas tácticas, onde se posicionou como médio mais recuado.
Bruno – Foi o avançado da equipa na fase inicial da partida, sendo vitima da falta de jogo que tinha. A sua velocidade nunca foi explorada. Melhorou o seu rendimento quando recuou no terreno, onde começou a aplicar os seus remates à baliza do Orlando.

Momento do Jogo
Pela forma como “matou” a reacção dos de colete, o golo do 6-4. Na sequência de um falha do Miguel a meio campo, o Jaime avança para a baliza do Abilio, e ainda com tempo para trocas de bola com um colega, consegue um golo que veio serenar a sua equipa e cortar a reacção dos adversários.

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3ª parte

… e após o futebol, o momento mais esperado…

O almoço comemorativo do campeonato transacto, que se realizou no Restaurante Prata da casa em Queluz, contando com a maioria dos participantes na Liga Betadine.

Este acto de grandes tradições na comunidade do NAB, foi um sucesso, tendo como pontos altos, para além da larga confraternização entre os convivas, as entregas de prémios e a comemoração do aniversário do Pupu.

A viagem que correu sem grandes sobressaltos, terminou na praça de Queluz, local de parcos lugares de estacionamento, gerando algumas dificuldades aos que pela primeira vez vinham a este espaço.

Resolvida a situação, o almoço teve inicio sensivelmente pelas 12.45 horas, com ao convivas a mandarem vir as primeiras bebidas, quase sempre a recaírem nos jarros de cerveja (novidade para muitos) vinho branco à pressão, e tinto.

Nas escolhas dos pratos, ganhou o cozido em quantidade, mas não em qualidade, pois o choco, a cabidela e o leitão também se exibiram em alto nível.

Foram entregues os prémios de vencedor do campeonato ao Pedro Monteiro, de lanterna Vermelha ao Orlando e ficou por entregar o Prémio bacalhau ao Hélder João, sendo simbolicamente entregue ao seu dono por direito – Nuno Bento.



Na hora da sobremesa foram cantados os parabéns ao Pupu pelo seu 44º aniversário, com apagar de velas de um bolo, que como não podia deixar de ser, representava um campo de futebol.



O Orlando compareceu com a prometida garrafa de wiskey, a que se juntou uma segunda, oferecida pelo Ribeirinho, que por ter sido pai a meio da semana não pode marcar presença neste evento.








O almoço terminou com as fotos da praxe, em local de grandes tradições nesta zona da Cidade – A entrada da Praça, que fora momentos antes transformada em escritório e sala de fumos…

O futebol tem destas coisas… momentos para mais tarde recordar!!!
1 abraço

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