sábado, abril 23, 2005

Jogo quezilento com resultado desnivelado

Em Sábado de fim-de-semana alargado, o campeonato do NAB não meteu férias e disputou-se mais uma jornada, a 4ª, no magnífico e bem tratado relvado do complexo desportivo Rainha D. Amélia, na Ajuda.
O público como não podia deixar de ser, com mais um dia extra, rumou a outras paragens, aproveitando talvez para ver mais um “derby algarvio”, de “outro campeonato”, a entrar na recta final.

Grandes mexidas na convocatória, com muitas ausências dos até aqui habituais convocados, e o regresso do Luís Pinheiro, a obrigar a novidades nas equipas. Uma vez mais apenas com um guarda-redes, os capitães João Rodrigues e Paulo Fão ditaram as seguintes constituições:

Sem colete, a atacar para o lado das árvores: Orlando, Pedro Oliveira, Marco Sousa, Lineu, Luís Pinheiro, Paulo Fão e Pupu.
De colete a atacar para o lado da escola: Hélder João, Nuno Coelho, Luís Nuno, João Rodrigues, Pedro Monteiro e Quim Zé.

Com a surpresa de ver o Marco inicialmente no banco de suplentes, a equipa do Fão apresentou o Orlando na baliza, na defesa o Pedro Oliveira ao centro com o Lineu mais á direita e o Fão mais à esquerda. No meio o Luís Pinheiro em todo o terreno, e na frente o Pupu.
Os capitaneados pelo João contrariaram, com o Hélder João na baliza, o Luís Nuno e o Nuno Coelho na defesa, o João mais adiantado a estes dois, e na frente o Pedro Monteiro e o Quim Zé.

Jogo bastante quezilento, tipicamente ao jeito dos da primeira liga, com muitas interrupções e discussões por pretensas faltas e lances duvidosos, que na maioria dos casos eram “limpos”, e que em nada beneficiaram o normal desenrolar do desafio.

Assistiu-se a um início de jogo marcado pela desorientação posicional da equipa do Paulo Fão, que nunca se entendeu com as compensações, nem onde cada um dos seus elementos deveria jogar, aproveitando os adversários para lançar rápidos lances ofensivos, utilizando a velocidade do Pedro Monteiro e do Quim Zé que nesta fase baralhavam a defesa contrária.

Com naturalidade se inaugurou o marcador, com o Quim Zé a aproveitar um passe displicente para o Pedro Oliveira, e cara a cara com o Orlando fazer o mais fácil, concretizando um golo de belo efeito, que terá tido dedicatória especial.

Com o João Rodrigues em dia sim, imbatível no 1X1, a incorporar-se muito bem no ataque, sendo mesmo o elemento mais concretizador, e os defesas Luís Nuno, muito perdulário, e Nuno Coelho a alternarem na frente, a equipa do João com compensações perfeitas entre os seus elementos, bastante homogénea, não se ressentindo das trocas de guarda-redes, punha em sobressalto constante o Orlando, em manhã desastrosa, a fazer lembrar velhos tempos… com algumas “ofertas” e poucas intervenções decisivas.

Tentando correr atrás do prejuízo, os sem colete lançavam-se em ataques pouco elaborados, e a circulação de bola entre os seus jogadores não era fluida, dando sempre a possibilidade de mortíferos contra-ataques aos adversários, que utilizavam aqui a sua principal arma.

O resultado evoluiu até aos 6 golos sem resposta, e já com o Hélder João na frente, dando bastante consistência à linha média, o jogo mantinha a mesma toada, sem que a equipa do Paulo Fão conseguisse organizar o seu jogoe os seus jogadores entendenssem onde deveriam jogar.
Colocando muitos homens na frente, mas com muitas perdas de bola, davam a possibilidade de respostas rápidas aos de colete, fazendo com que o Marco, muito sozinho lá atrás, se desmultiplicasse em ajudas aos seus companheiros que sucessivamente se “perdiam” no ataque, não recuperando a sua posição no terreno.

Apenas o Luís Pinheiro, muito lutador mas a não conseguir cumprir as suas obrigações tácticas, violou a baliza dos de colete, com dois golos de belo efeito. A sua equipa, com muitos cantos a favor, não conseguia para além dessas acções levar mais perigo à baliza adversária, face à boa coesão e compensações defensivas dos pupilos do João Rodrigues, fazendo do Pupu, habitual quebra-cabeças, mero espectador.

Notou-se na equipa de colete, a partir do 7-1, o controlo do desafio, com boa circulação de bola, e progressão fácil até à área contrária, resultando em alguns golos de belo efeito e no esbanjar de imensas oportunidades que elevariam o marcador para numeros históricos.

Até ao final da partida, foi ver os minutos passar, sem que a equipa do Paulo Fão conseguisse inverter a tendência do jogo. Pouca reacção dos seus pupilos, com desentendimentos e troca de palavras pouco comuns nestes jogos, que terá levado alguns dos seus elementos ao desespero.

Resultado final de 10-2, que castiga a falta de lucidez táctica e os erros cometiods pela equipa do Paulo Fão e premeia o bom entendimento, coesão e jogo prático dos adversários.


Momento do jogo: Normalmente têm sido associados a este “item” alguns dos melhores lances da partida, ou uma situação que a tenha marcado. A escolha do “momento do jogo” deste dia não teve influência decisiva no resultado, mas é uma atitude que se deseja não ver repetida:
Na altura de maior descontrole da equipa do Paulo Fão, num ataque em superioridade numérica dos de colete, o Pedro Oliveira, único elemento na defesa, abandona o lance, dando de mão beijada aos contrários a concretização de um golo fácil. Terá as suas motivações mas é uma atitude anti-desportiva.
A rever…

Man of the Match – João Rodrigues
Prémio bacalhau (codfish) – Luis Pinheiro

Boletim Clínico
Nuno Silva – Continua em recuperação, com plano de fisioterapia traçado pelo “serralheiro” Zacarias. Adiado o regresso por tempo indeterminado, dado a gravidade da lesão.
Nuno Bento – Continua a braços com uma micro-ruptura na coxa. Face à não evolução da sua situação clínica, foi aconselhado pelo departamento médico do Núcleo a consultar um especialista em Houston, e efectuar a recuperação nos estados Unidos, o que o leva a ausentar-se por mais duas semanas.
Ribeirinho – Quase debelado o entorse no pé esquerdo, não foi utilizado por precaução, mas deverá ter o seu regresso aos relvados marcado para a próxima semana.

>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
O Almoço do Futebol - o "Verdadeiro Campeonato"
Vamos agendar para Sábado dia 25 de Junho, o almoço de encerramento do campeonato de futebol do 2º trimestre.
Será no Restaurante "Fonte dos namorados" em Queluz e deseja-se a presença de todos os participantes (com maior ou menor frequencia) neste campeonato.
Serão distribuidos os prémios relativos ao 1º classificado, "bacalhau", e ao ultimo, como não podia deixar de ser, cabe a presença com a garrafita de wiskey, para os "xiripitis".

Faltando dois meses para o evento, existe tempo suficiente para "limpar castigos", agendar trabalho para outras ocasiões, preparar o concelho familiar para um Sábado "perdido".
Boa sorte a todos

Classificação após a 4ª Jornada


Até para a semana

domingo, abril 17, 2005

Equilibrio e Emoção

Emoção e competitividade em mais um jogo nem sempre bem jogado, no Sintético dos Astros.
Em mais uma manhã com condições excelentes para a prática do futebol, o complexo desportivo Rainha D. Amélia apresentou-se engalanado de publico para assistir a mais uma jornada do campeonato de futebol do NAB.
Os mais pequenos gritaram presentes e fizeram os pais sair da cama mais cedo para os trazer a ver os seus ídolos, que com a entrega e magia habitual não os desiludiram.

Com algumas ausências devido a lesões, assistiram-se aos regressos do Jaime que tem marcado a sua época por poucas presenças, e do Mané, emprestado para rodar a um clube espanhol de pequena dimensão.

Os capitães, escolhendo as equipas com recurso a novas tecnologias (abandonaram o tradicional salto), apresentaram as seguintes constituições:

De colete a atacar para o lado da escola: Pedro Oliveira, Miguel Oliveira, Nuno Coelho, João Rodrigues, Quim Zé, Fão e Hélder João
Sem colete a atacar para o lado das árvores: Orlando, Abel, Marco Sousa, João Leitão, Mané, Jaime e Pupu.

Com tempo para planificação, a equipa do capitão Pedro Oliveira, a jogar sem guarda-redes fixo que viria a revelar-se determinante no desenrolar do encontro, apresentou-se inicialmente com o Hélder João na baliza, uma linha de três defesas, com o Miguel à direita, Nuno Coelho ao centro e João Rodrigues à esquerda. No meio o Pedro e Quim Zé e na frente o Paulo Fão.

A equipa do João Leitão assentou a estrutura da equipa numa espinha dorsal formada pelo Marco Sousa, Mané e Jaime. Na linha defensiva, o Marco tinha a companhia do Abel na direita e do João na ala contrária e alternadamente um deles fazia companhia ao Mané no meio do terreno. Na frente o Pupu e o Jaime.

O início de jogo foi marcado por uma toada cautelosa, com as equipas a estudarem-se e bem encaixadas, não existindo grandes oportunidades de golo.
No entanto pouco tempo duraria o 0-0, pois num ápice, fruto de alguma falta de coordenação da equipa de colete, e bom aproveitamento dos avançados contrários os pupilos do João Leitão chegaram ao 2-0.

Apesar de muitos elementos na linha atrasada, a equipa do Pedro revelava falta de coordenação, com o Nuno Coelho, a não assumir a liderança ao centro, como se impunha, os laterais a abrirem em demasia, e os espaços a sobrarem para os perigosos Jaime e Pupu.

Na reacção, é anulado um golo ao Quim Zé por pretensa mão do Pedro Oliveira num lance disputado com o João Leitão, e na resposta os sem colete fazem o 3-0, cavando uma vantagem preciosa e determinante para o resultado final.

Ainda assim, com a entrada do Hélder João para o meio campo, a equipa do Pedro ganhou outra força, e o destino do jogo que até aqui parecia traçado, tinha novos contornos, com um golo do Paulo Fão a culminar uma bonita jogada de futebol.

Começou a notar-se uma tentativa de pressão dos de colete, altura em que valeu a experiência do Mané (dono do meio campo) e do Marco, que puxando pela equipa conseguiram fazer uma boa circulação de bola e faze-la sair controlada, e com o recurso aos dois avançados mantiveram sempre em sentido o ultimo reduto contrário, onde o Miguel e João sentiam muitas dificuldades para os segurar.

O jogo manteve-se sempre equilibrado, e o resultado foi evoluindo sempre com uma margem de segurança a favor dos sem colete.

A equipa do Pedro perdeu fulgor com a ida do Hélder João novamente para a baliza, e a quebra do Quim Zé, sempre alheado do jogo, juntou-se á inoperância do esgotado Paulo Fão na frente.
Assumindo as despesas o Pedro e o Nuno Coelho, que em desespero de causa, avançou no terreno na tentativa de ganhar superioridade na frente, ainda causaram algumas preocupações ao Orlando.

Aproveitando mais um grande jogo do Abel, e o sacrifício do Pupu (que bonito foi vê-lo em missões defensivas), a equipa do João, parecia ter o jogo mais ou menos controlado, manchada aqui e ali por algumas fífias que o capitão se encarregou de dar.

Na altura do tudo ou nada dos de colete, o sistema de jogo apoiado dos homens do João marcava muitíssimo bem o ritmo do jogo, matando o desafio com mais um golo do Jaime.

Assistiu-se até final a alguma emoção, marcada por um futebol sereno da equipa do João ao que os contrários respondiam mais com o coração que com a cabeça.

Valeu-lhes reduzir para dois golos de diferença e o esbanjar a beira do fim de alguns lances de perigo junto da baliza do Orlando que a serem concretizados colocariam outra justiça no marcador.

Resultado final de 6-4 a favor dos sem colete, numa manhã em que as alterações na baliza da equipa do Pedro valeu a intermitência de força a meio campo.
Excelente aproveitamento e boa estratégia de jogo da equipa do João Leitão.

Momento do Jogo: Golaço do Pedro Oliveira
Numa jogada de envolvimento pelo centro do terreno, a bola é colocada na direita, de onde o Nuno Coelho arranca um cruzamento bem medido para um remate de cabeça fulminante do Pedro Oliveira, que o Orlando defende “in extremis”, deixando no entanto à mercê da recarga certeira do Pedro.

Man of the MatchMané
Prémio BacalhauJaime

Boletim Clínico:
Nuno Silva – Operado à uma semana, inicia na terça-feira os trabalhos de fisioterapia. Tempo de paragem indeterminado. Dado a gravidade da lesão, que pôe em risco a sua carreira desportiva, os médicos e jogador não fazem prognósticos quando ao seu regresso.
Nuno Bento – A contas com uma arreliadora lesão na coxa que o impede de fazer movimentos mais longos, não conseguindo pôr em prática o seu remate. Em dúvida para a próxima semana.
Ribeirinho - Após a lesão contraída no tornozelo esquerdo no jogo que marcou a sua despedida dos pavilhões, vê o seu regresso adiado pela gravidade da mesma. Aguarda-se a alta médica, e a volta a normalidade. Prevêem-se dificuldades no regresso, a um ritmo e qualidade de jogo a que não está habituado.

Classificação da 3ª Jornada


Até para a semana

sábado, abril 09, 2005

... e o Sol trouxe mais uma Cabazada

Mais uma manhã fantástica para a prática do desporto rei.
Após um a jornada em que a meteorologia nos brindou com um autêntico dilúvio, de chuva e golos, hoje (Sábado) o dia era de sol e a temperatura a rondar os 14 º.
O terreno de jogo, após o “banho” do fim-de-semana passado, foi revisto e cuidado, e apresentava-se em excelentes condições.
Estranhou-se a falta de público, com as bancadas despidas de gente, o que não ajuda o espectáculo.

Em dia de muitas ausências, estreou-se o jogador Marco Sousa, que se apresentou satisfatoriamente, a desempenhar bem as suas funções mas a precisar de apurar a condição física. Também o regresso do Paulo Fão, que após longa ausência mostrou que também ele tem trabalho físico pela frente. (de registar que se fez acompanhar de um dos seus rapazes o que se saúda).

Os capitães de equipa, desta vez o João leitão e o Pupu, foram os responsáveis pela escolha das equipas, que após alguns arranjos ficaram assim distribuídas:

De colete a atacar para o lado da escola:
Abilio, João Rodrigues, Nuno Coelho, Pedro Monteiro, João Leitão e Paulo Fão.
Sem colete a atacar para o lado das árvores:
Orlando, Luís Nuno, Marco Sousa, Lineu, Quim Zé e Pupu.

Na baliza dos de colete, o Abilio comandava um sector recuado com o João Rodrigues e o Nuno Coelho, o Pedro Monteiro ficava com a despesa do meio campo, onde contava com a ajuda do Paulo Fão (sempre muito encostado à linha), e o João Leitão sozinho no ataque.

Os sem colete apresentaram o Orlando na baliza, dois defesas mais fixos -Luís Nuno e Marco, descaíndo o Ricardo Lineu inicialmente para a esquerda. No meio o Quim Zé e mais na frente o Pupu.

Os primeiros 15/20 minutos foram bastante incaracterísticos, numa toada morna, marcada pelo equilíbrio, com as equipas a estudaram-se mutuamente, sem arriscar muito no ataque. Daí que tivéssemos neste período pouco entusiasmo e raríssimas oportunidades para concretizar.

Por esta altura, os sem colete operavam uma mudança táctica, avançando o Lineu para médio/avançado, mantendo inalteradas as outras posições, jogando assim em 2x1x2.
Resultou em mais espaços no último reduto dos de colete, que nunca conseguiram adaptar um 3º homem para as dobras, começando o Lineu e o Pupu a aparecer em situações de finalização livres de marcação.

Com o inaugurar do marcador pelo Pupu, o resultado evolui até 5-0 com bonitos golos em remates de fora da área, que o Abilio em dia não (claramente batido pelo Orlando no duelo de guarda-redes), não conseguia suster.

Tentavam os de colete alterar o rumo dos acontecimentos, com investidas dos inconformados Nuno Coelho, e João Rodrigues ( inicialmente mais recuados).
Mas nesta fase notava-se alguma desorientação na equipa, sem que o Pedro Monteiro, habitual estratega, a quem cabe invariavelmente levar a equipa para a frente, a não consegui-lo, obrigando os seus defesas a desdobrarem-se na dupla função defesa-ataque, e com o João Leitão a não dar a necessária profundidade.

Reduziram para 5-1 numa jogada de insistência do João Rodrigues (o único a conseguir violar as redes do Orlando, que se cotou com excelente exibição), mas o cariz do jogo não se alterou.

Os sem colete trocavam mais e melhor a bola, e conseguiam concretizar as oportunidades que criavam, (situação que marcou a grande diferença entre as equipas) denotando um elevado grau de concretização, elevando o resultado até um pesado 8-1.

O árbitro que após pressão dos jogadores deu mais 10 minutos, prolongou a agonia dos de colete, com o resultado final a cifrar-se num pouco habitual 11-2.

Resultado que não demonstra a real diferença das equipas e o futebol produzido, mas premeia a capacidade de concretização dos sem colete.
Com a mudança táctica operada pelo avanço do Ricardo Lineu, alteraram em definitivo o rumo do desafio a seu favor.

Momento do jogo:
Numa jogada de envolvimento pela meia direita, a bola e endereçada ao João Rodrigues, que já dentro da área e em esforço, remata forte, ao que o Orlando muito rápido a sair de entre os postes, defende com a cabeça e faz a defesa do dia, negando um golo certo.
Bela defesa que deixou o seu autor bastante mal-tratado e a necessitar de intervenção dos massagistas.

Man of the Match: Ricardo Lineu
Prémio “Bacalhau”: Ricardo Lineu

Boletim Clínico:
Nuno Silva - Operado na Quinta-feira aos ligamentos cruzados e meniscos do joelho esquerdo, já se encontra em casa em convalescença, iniciando brevemente a fisioterapia. Tempo de recuperação ainda indeterminado.
Nuno Bento – Em recuperação à uma semana a uma ruptura no musculo da coxa da perna esquerda. Poderá estar apto para a próxima jornada mas convém não forçar.

Até para a semana.

Classificação 2ª Jornada

sábado, abril 02, 2005

"Dilúvio"

Para quem considera o futebol um desporto de inverno, hoje (Sábado) as condições foram as ideais para a sua prática. Tempo cinzento, com chuva miudinha no inicio de jogo, mas gradualmente a aumentar até se tornar num autêntico diluvio. A meteorologia condicionou a presença dos adeptos, e as bancadas apresentaram-se despidas de publico. O relvado a resistir bem à chuva, apresentou-se em boas condições, e a bola a estrear, foi uma mais valia.

Os regressos ao futebol e mais concretamente ao "Sintético dos Astros" como já é conhecido este espaço, foram alguns.
O Pupu, que após uma experiência em terras de Vera Cruz, onde não encontrou equipa á altura das suas capacidades, regressou, assim como o Helder João que a contas com uma arreliadora lesão de dificil diagnóstico, tem primado pela ausência. De salientar , após longos anos, o regresso do Paulo Guiomar (Ti-Clarinha para os amigos) ao futebol, onde chegou a ser uma referencia, já no longínquo inicio dos anos 90.

As equipas apresentaram-se com a seguinte constituição
De Colete, a atacar para o lado da escola:
Abilio, Luis Nuno, João Rodrigues, Lineu, João Leitão, Pedro Monteiro, Nuno Bento

Sem Colete, a atacar para o lado das arvóres:
Orlando, Miguel Oliveira, Nuno Coelho, Pedro Oliveira, Quim Zé, Pupu, Paulo e Helder João.

A equipa de colete apresentou-se com 2 elementos mais recuados (Luis Nuno e João Rorigues, com o Ricardo Lineu a fazer alternadamente de 3º defesa/médio.
Mais adiantados, o Pedro Monteiro a coordenar a linha média com a preciosa ajuda do bem adaptado ás condições climatéricas João Leitão, deixando para a Nuno Bento as despesas do ataque, até á altura em que se lesionou, cabendo posteriormente essa missão ao Helder João.

A isto responderam os sem colete com uma defesa tradicional de 3 elementos, com o Miguel na sua posição natural de defesa direito, cabendo ao seu irmão Pedro a ala esquerda e ao Nuno Coelho a cordenação do jogo ao centro, de onde lançaria inumeras bolas na frente.
Um pouco mais á frente o Quim Zé ocupava a zona central, descaindo para a direita quando a equipa contrária por aí carrilava o jogo, e á esquerda o Paulo.
Na frente, como gosta de jogar, o Pupu perfilava-se como um deambulador sem zona fixa no terreno.

O inicio de jogo, bastante equilibrado, mostrava uma equipa sem colete mais fechada, bem comandada pelo central Nuno Coelho lá atrás, e a sair rápida para o ataque.
Ao invés, cabia aos de colete a iniciativa do jogo, tentando, sem sucesso o ataque ás redes do Orlando.
As primeiras oportunidades de golo foram dos sem colete, que em dois rápidos contra-ataques, o Quim Zé coloca a bola na esquerda, no Pupu, que com remates fracos e sem colocação, desperdiçou.

A resposta pronta não se fez esperar, e o Nuno Bento numa incursão individual pela esquerda, encontra pela frente o ainda pouco adaptado á forma de jogar nestes espaços, Paulo Guiomar, que ultrapasssa sem dificuldades, desferindo um remate cruzado, que o Orlando não consegue desfazer, fazendo o 1-o.

Poucos minutos volvidos, com uma lesão, o Nuno Bento dá o seu lugar ao adversário Helder João acabado de chegar (a rever o horário de comparência), substituição esta que acabaria por marcar decisivamente o desenrolar do jogo.

O resultado evolui gradualmente até ao 3-0 com bom aproveitamento dos de colete, que ganhando o meio campo, se aproximavam mais da baliza do Orlando, onde hoje alterou o muito bom, com o sofrível, sempre com muitas dificuldades nos remates cruzados.

Os sem colete apresentavam um futebol mais desgarrado, directo, com os seus jogadores a abusar das acções individuais, e o Pupu, a exagerar nas tentativas de remate, que invariavelmente lhe saíram mal.
Por esta altura já o Paulo, sem ritmo, tinha dado o "estouro" e sem substituições ( o Helder João já actuava pelos contrários) passou um calvário até ao apito final.

No entanto, ainda reduziram para 3-1, com uma bola (a unica) largada pelo Abilio, a que o Quim Zé acorreu com rapidez a entregar para o Pupu fazer o unico golo.

Daqui em diante o jogo não alterou o seu cariz, com os de colete com um futebol mais envolvente, onde se destacaram os 4 mais avançados (Leitão, Helder João, Pedro Monteiro e Lineu) bem secundados hoje pelos seguríssimos João Rodrigues e Luis Nuno. Os sem colete a tentar jogar mais largo, pouco sucesso tiveram, e á excepção do central Nuno Coelho, o naufrágio foi quase total, dada a inoperãncia de processos.

Assistiu-se até final do encontro a uma entrega de parte a parte, com o resultado a pender para os de colete, que aproveitando muito bem as oportunidades de golo construidas foram aumentando o score até a um pesado 7-1.

De salientar uma jogada de entendimento e ao primeiro toque entre o Pedro Monteiro, o Helder João, o joão Leitão e o Luis Nuno, que a concretizar-se daria um golo de belo efeito.

Com o agravar das condições metereológiacas, o futebol tornou-se mais dificil de praticar, e muito perto do apito final, quando a chuva já era diluviana, o Miguel sofre uma caímbra "fulminante" que o deixou estendido e com necessidade de ajuda, marcando assim o fim do jogo.

O resultado final poderá não reflectir o que realmente se passou em campo, mas premeia o aproveitamento conseguido pelos de colete na concretização das oportunidades criadas, e castiga duramente os adversários pela falta de entendimento entre os seus jogadores, e poucas situações de golo junto da baliza do seguríssimo Abilio.

Destaque do dia:
Com o resultado volumoso, poderia pensar-se que para alguns elementos o ambiente estaria um pouco "pesado", mas o balneário apresentava uma ar de felicidade geral.
Esta sensação colectiva, via-se particularmente estampada na face de um dos mais carismáticos e empenhado jogador da nossa colectividade.
A razão para tamanha satisfação era a de que o
Ricardo Lineu não perdeu, ganhou, pondo fim a um calvário que vinha percorrendo durante o ano de 2005.
O seu entusiasmo foi contagiante, como será certamente a resposta que irá dar quando chegar a casa e a sua Célia lhe perguntar:
-Então como é que correu?

Até para a semana


This page is powered by Blogger. Isn't yours?