sábado, julho 30, 2005

Entrevista com Costinha

E pronto, chegado o final de época, cá nos encontramos sem futebol para jogar, e "apenas" os jogos de treino de outros futebois vão mantendo aceso o bichinho.

Para muitos, período de férias, a compra do desportivo é prática diária ( as novelas das compras do Veiga, ou as vendas do Liedson ou do Mccarthy ainda não estão resolvidas) para manter o "sangue a correr".

Como no que ao futebol do Calcio diz respeito, nos iremos manter "a banhos" até final de Agosto, estando o regresso previsto para dia 3 de Setembro, a coluna desportiva irá acompanhar, a titulo expereimental, as noticias do futebol Português, para comentar pelos habituais (e ocasionais) visitantes.

Será uma forma de manter o gostinho pelo futebol vivo até voltarmos ao que é essencial.

Assim, porque me parecem revelações demasiadamente graves e que poderão ser uma pedrada no charco do futebol português, transcrevo a entrevista à revista Sábado de dia 29 de Julho de 2005 do Costinha, actual jogador do Dímano de Moscovo, e pedra basilar dos ultimos anos do F.C. Porto:

Costinha. Jogador-chave no FC Porto de Mourinho(...)faz revelações graves sobre a ultima época. Diz que as claques ameaçavam os jogadores e estes ficavam em panico nos jogos do Dragão.

"Alguns não conseguiam jogar por medo"

Quis ganhar tudo e trocou o Mónaco pelo FCP apesar de ser sportinguista.Conseguiu o que queria ao lado de Mourinho, mas arrepende-se de não ter saído com ele. Na ultima época diz que a direcção destruiu a equipa campeã e protegeu os membros da claque, que intimidavam e agrediam jogadores.

Alguma vez se arrependeu de ter ficado no FCP depois do Euro e da saída de Mourinho?
"Atendendo ao que se passou fiquei um bocado arrependido. Perdi tempo. havia vários clubes interessados, mas o FCP convenceu-me de que era uma peça importante para a equipa, um factor de estabilidade no balneário. Tinha um contrato muito bom, acima das possibilidades do mercado portugues e achei que devia ficar. Fiz mal."

Pelos maus resultados desportivos ?
"Por tudo. Nunca pensei que o FCP se destruísse em tão pouco tempo. da equipa campeã europeia apenas ficaram 10 jogadores. A equipa ficou semidentidade, sem espírito. Na época anterior, era habitual ver 10 ou mais jogadores no mesmo restaurante sem ter havido qualqre combinação. Era um prolongamento dos treinos e dos jogos. Com tantas saídas e entradas, cada um ficou para o seu lado. Não consegui perceber que tipo de politica foi esta nem o que se pretendia obter com ela."

O FCP apontou razões finaceiras...
"Pelos valores aque venderam o Paulo ferreira, o Deco, o Ricardo carvalho e ainda Mourinho, não era preciso vender mais ninguem. Ia buscar-se o Seitaridis, um médio e pronto. Assim, sim: seria possivel reorganizar a equipa, po-la de novo a funcionar."

Terá sido uma opção de Del Neri...
"Não me parece que lhe tivessem dado o poder de desfazer a equipas campeãs da Europa."

Também foi dito e escrito que os jogadores tiveram um papel decisivo no despedimento dele...
"Del Neri desmentiu. Negou uma noticia que saiu, n´Jogo. Não digo que um plantel não possa atrapalhar a vida de um técnico, mas nunca vi jogadores a despedirem técnicos. E logo no FCP, onde se respeitam hierarquias."

A sangria na equipa continuou com Fernandez...
"Fernandez construiu uma equipa e depois venderam-se mais jogadores."

Derlei foi dispensado por vontade de Fernandez?
"Isso é mais complicado. Para perceber a saída de derlei é preciso encontrar quem está por detras dela. Não admito que um grupo de adeptos venha criticar e enxovalhar, com faixas provocatórias, um atleta que deu ao clube aquilo que derlei deu. E mais espantados ficámos quando ninguem do FCP tomou uma atitude. Pelo contrário. Essa gente, depois de insultar os jogadores, entrava nas instalações do clube com livres transito e ninguem fazia qualquer reparo. E mais: de dia ameaçavam os jogadores e á noite jantavam com dirigentes do FCP. Que pensa um grupo quando sabe que quem os insulta e ameaça janta com dirigentes do clube?"

Conhece o presidente dos Super-Dragões?
"De vista. Ele diz-se profissional de claque e, pelo que aparenta tem uma profissão rentável. Muitos jogadores do FCP não ganham para comprar Porsches, e ele tem um."

Acha que as claques serviram para branquear decisões da direcção que falharam?
"Não sei. Sei que tenho no meu corpo marcas que provam o que dei ao clube. Joguei lesionado e joguei infiltrado, fi-lo porque quis e por dedicação. Ganhei tudo o que havia para ganhar. E ainda andam a correr atras de mim para me fazer a vida negra?! E os responsáveis, os directores não fazem nada ?!"

Foi ameaçado?
"Sim. Mas como tenho um grande amigo na cidade do Porto, o caso teve um fim pacífico."

Qual foi a situação mais complicada?
"Quando o FCP empatou na Madeira com o nacional, os desacatos começaram logo no aeroporto do Funchal. As claques provocaram com insultos todos os jogadores, sobretudo o Raul meireles, que tivera o azar de fazer um auto-golo. Foi mesmo agrediso com uma garrafa. Eu estava no Porto a recuperar de um traumatismo craniano, mas soube o que se estava a passar porque telefonei a vários colegas, por solidariedade. E perante o que ouvi, decidi ir ao Aeroportodo Porto esperar a equipa. Levei dois amigos, para não levar dois guarda-costas, e tive razão, porque quando lá cheguei vi um bando de 60 ou 70 super-dragões. Os jogadores foram os primeiros a sair do aviãoe a levar com aquela gente toda, com insultos, com agressões, enquanto os dirigentes ficaram dentro do avião, protegidos. Apenas reinaldo teles saiu. E a verdade é que aquela gente agrediu atletas. Na época passada, tudo foi permitido no FCP."

Nunca tentou falar com o presidente?
"Não. Eles é que decidem. Quando acertam dizem que acertam, quando erram não dizem nada. Tinhamos jogadores campeões da europa a ganhar 5 escudos e outros sem nada ganho com ordenados muito superiores. E eu tantava ajudar falando com eles."

O mau comportamento da equipa nos jogos em casa esteve relacionado com este ambiente?
"Foi uma das questões da época e a explicação é muito simples: alguns jogadores não conseguiam jogar por medo. Estamos a falar de ameaças vindas de grupos organizados. Por mais que alguns de nós tentassem criar um ambiente desinibido, houve quem ficasse em pânico por falhar um passe ou uma jogada."

Foi por isso que jogadores como Luis fabiano renderam pouco?
"Luis fabiano foi um dos que se deixaram apanhar por esse medo."

Estamos a falar das mesmas pessoas de quem Mourinho se queixou?
"Claro. Estou por dentro da história mas não a posso revelar sem a autorização dele.No entanto posso dizer que aquilo que fizeram a Morinho foi uma vergonha."

O que fez Pinto da Costa para evitar esses problemas?
"Ele continua a ser um líder, mas nos maus momentos não basta dizer que a equipa perde porque o Derlei ou o Costinha só gostam da noite. Bodes expiatórios não. è fácil atribuir a destruição da equipa campeã do mundo a Del Neri, é fácil atribuir o despedimento dele ás pressões dos jogadores, é fácil atribuir a Fernandez o esvaziamento em, janeiro da equipa, e é fácil convencer a massa associativa atraves da colocação estratégica de meia duzia de super-dragões num estádio, de que a cukpa é dos jogadores. E assim protege-se a direcção. Mas eu não sou dos que ouvem, veêm e ficam calados. A equipa e o espirito de Mourinho foram completamente destruídos."

Foi para Moscovo só por causa do dinheiro?
"Quando deixar de pensar em ganhar titulos, vou escolher um clube mais pequeno para que não me chamem chulo."

Mourinho nunca o convidou?
"Em Novembro de 2003 Mourinho disse-me que íamos ser campeões da europa, que ele iria para um grande clube europeu e perguntou-me se queria ir com ele. Disse que sim. Depois isso não se concretizou, mas não lhe quero mal por ter levado o Tiago, o Paulo e o Ricardo. Continuo a falr com ele regularmente."

E quando regressar a Portugal?
"Todas as pessoas sabem que sou Sportinguista desde pequenino. Quando regressei a Portugal disse que gostava de jogar no FCP, onde queria ganhar sempre tudo e os valores da familia eram defendidos. Recusei uma proposta do benfica, podia ter ido para o Sporting, mas escolhi o FCP. Num segundo regresso não sei o que acontecerá."

Aconselhou Miguel no Dínamo?
"Aconselhei. Como jogador e como homem. O Miguel não quis vir e acho que fez bem. É novo e tem outros clubes interessados para onde ir."

in Revista Sábado, nº65 de 29 de Julho de 2005

domingo, julho 24, 2005

Já cheira a defeso

As noticias sobre dispensas e contratações já fervilham no Calcio di Nab.

Aproveitando a noticia do regresso do Nuno Silva aos treinos de corrida, o presidente da SAD, teceu algumas considerações sobre a produtividade de alguns atletas.

O Calcio di Nab não deixará de abordar este tema quente, numa altura em que se avizinha o período do defeso, sempre fértil em novidades futebolisticas.

Os atletas que agora se preparam para iniciar o merecido periodo de repouso futebolistico, terão ainda uma ultima oportunidade no proximo fim de semana para mostrar que merecem um lugar no plantel para a proxima época.

A concorrência prevê-se dura, pois há candidatos aos lugares num pantel que é alvo da cobiça dos grandes do futebol mundial.


Efectivamente, conforme noticiado na edição do Jornal "A Bola" de ontem, o ataque cerrado dos gigantes europeus ao jogador Quim Zé é uma realidade, chegando mesmo a haver propostas financeiras astronómicas.

O jogador mantém a serenidade e apesar de a direcção lhe dar carta branca, guarda a decisão para depois do final da época.

" Sei que existem propostas, mas para já o que posso dizer é que me sinto bem onde estou, onde sou muito acarinhado pelos adeptos. A minha familia tem um peso importante nesta decisão, mas para já é prematuro falar sobre transferências. O clube tem ainda jogos importantes para disputar, e devemos todos manter a serenidade. Mais tarde falarei com o presidente e veremos o que acontece" foram as palavras do jogador instado a comentar a proposta do clube do milionário russo Abramovich, para onde José Mourinho insiste em levá-lo.

Será esta uma das novelas do defeso, mas outras alterações poderão surgir no plantel do NAB.

A forma como alguns jogadores se exibiram durante o ultimo campeonato, prevê mexidas , e o assédio dos milhões do estrangeiro poderá ajudar a resolver alguns dos problemas com que se depara o Nucleo.

Relativamente ao jogo de ontem (Sábado), assistimos a mais uma jornada onde o calor condicionou a actuação dos atletas.

As equipas apresentaram-se da seguinte forma:

Inicio de jogo muito lento, com os atletas a resguardarem-se do calor e a não entrarem em grandes correrias.
O 0-0 teimosamente persistia no marcador, apesar das tentativas para golo em remates de fora da área, numa delas com o Ricardo Lineu a fazer estremecer o poste esquerdo da baliza do Nuno bento, que se cotou com uma boa actuação.

Só aos 35 minutos de jogo o empate foi desfeito num belo remate de fora da área do Lineu. Rapidamente se chegou ao 2-0, mas a resposta contrária não se fez esperar, chegando mesmo ao volt-face no marcador, com jogadas rápidas e golos de belo efeito que baralharam por completo a defesa dos do Orlando, também ele a cotar-se como um dos melhores.

Com 3-2 no marcador favorável aos do Bento, o intervalo permite afinar tácticas, mas ainda assim é a equipa do guardião do boné a fazer o 4-2, quase sentenciando a partida.

Numa busca de forças escondidas, a equipa do Orlando ainda consegue diminuir na sequencia de uma bela jogada de futebol culminada com um golo pleno de calma do Helder João.

Sentindo a preesão no marcador, a equipa do Bento procura de novo ampliar a vantagem,o que consegue por intermédio de um golo de levantar o estádio da autoria do Ricardo, fazendo o 5-3 final.

Uma palavra para os atletas que tudo fizeram para que o resultado fosse reduzido - Ricardo Lineu e Nuno Coelho - autores de perdidas flagrantes junto ás balizas contrárias. Para a próxima marca-se um penaltyzito...

Prémio bacalhau a não ser atribuido por respeito à protecção da espécie. Se fossem contabilizadas todos os "charutos para a quinta", a este ritmo rapidamente o "bichinho" iria faltar no prato dos portugueses.

Até para a semana para o ultimo jogo antes do defeso.

domingo, julho 17, 2005

Não há calor que os faça parar!!!

Final de época? Aqui não!!!
É verdade. Mais uma vez ficou demonstrado que a intensidade dos jogos de campeonato continua presente, provando que a época deveria ter sido mais longa, tal é a condição física e o empenho demonstrado por todos.

Num jogo com as bancadas repletas de publico feminino e miudagem, a temperatura exterior elevada, contagiou os atletas, que se empenharam ao máximo num jogo emotivo e de elevado nível competitivo, que levado ao extremo, provocou algumas mazelas em muitos dos atletas hoje presentes no sintético dos astros.

Os capitães de equipa Hélder João e Marco Sousa, escolheram os seguintes alinhamentos:

De colete, Fonseca na baliza, Nuno Coelho ao centro, João Rodrigues na direita e Lineu na esquerda. No meio Quim Zé e Pedro Monteiro e na frente Hélder João.

Sem colete, Orlando na baliza, Ribeirinho ao meio, Marco na esquerda e Abilio na direita, no meio o Luís Pinheiro e o Pupu e na frente o Jaime. No banco de suplentes, o Paulo da Pizzaria, uma estreia absoluta deste atleta com curriculum internacional.

Bom inicio de jogo da equipa do Hélder João, que fruto de uma boa organização, criavam bonitas jogadas de entendimento entre os seus jogadores.
No entanto, foi a equipa do Marco a inaugurar o marcador num remate cruzado de fora da área do Jaime, a bater o surpreendido Fonseca.
Aumentando o pressing a equipa do Hélder João continua com uma fase de bom futebol, e rapidamente chega ao empate numa defesa incompleta do Orlando, que larga uma bola para a frente onde o Quim Zé aparece a encostar para a baliza deserta.
Não surpreendeu o 2-1, face ao que se passava no campo, com a equipa do Marco a não conseguir sair a jogar, e a abusar de passes longos para o desamparado Jaime, vigiado de perto pelo central Nuno Coelho.

Com a reviravolta no marcador, havia que fazer alguma coisa pelos comandados do Marco, que rodando muito bem os seus jogadores, começavam a praticar um futebol com mais profundidade, aproveitando as subidas do Marco, e a força do Luís Pinheiro e do Ribeiro para tentar levar a equipa para a frente.
Obrigavam os adversários a maior movimentação e consequente desgaste, e assim conseguiram restabelecer o empate no marcador, numa bela recarga do Luís Pinheiro.

O jogo estava agora equilibrado, bastante dividido a meio campo, e com marcações apertadas de cada lado, mas com os do Hélder João mais perdulários em lances de finalização. Foi numa das oportunidades de golo, que o capitão bateu o Orlando quando se viu isolado à sua frente, a fazer o 3-2 a favor da sua equipa.

À beira do intervalo, o Jaime, na sequência da marcação de um canto, faz de cabeça novamente o empate, contando com alguma passividade do Fonseca, que não desvia a bola na sua área de jurisdição.

Após o intervalo, a equipa do Hélder João veio mais forte do balneário, e contando com rápidos lançamentos do Fonseca, criava muitos desequilíbrios na defesa contrária. Num destes, o Pedro Monteiro num dos seus habituais costa-a-costa coloca a bola na direita onde o Quim Zé, com compasso de espera, centra para um encosto fácil do Hélder João. Tempo ainda para na sequência da marcação de um livre directo, o central Nuno Coelho fuzilar o Orlando e colocar o marcador em 5-3, que seria o resultado final.

Até ao apito, e com a lesão do Luís Pinheiro, a equipa do Marco perdeu força e o vencedor estava encontrado.
Jogo muito disputado, em que a vitória recai na equipa que mais oportunidades de golo criou.

Apreciação individual
Equipa do Hélder João
Fonseca – Teve um jogo ingrato. Não teve muito trabalho, mas em algumas situações comprometeu. Não foi a barreira intransponível que nos habituou, mas a sua experiência é bastante útil nos lançamentos para o ataque.

João Rodrigues – Está com pulmão, o que lhe permite incorporar-se muito no ataque. Foi aqui que não esteve bem, revelando-se bastante perdulário em lances de fácil concretização.

Nuno Coelho – Jogo sem muitos sobressaltos defensivos. Desta vez não teve de andar a dobrar o lateral. Marcou um grande golo de livre, a uns bons 20 metros da baliza.

Ricardo Lineu – Era defesa esquerdo, mas como o seu sector não era explorado, tornou-se num extremo, sendo sempre mais um elemento de ataque.

Pedro Monteiro – Batalhou no meio campo durante todo o jogo, travando com os médios contrários uma guerra de espaços. Após o intervalo surgiu cheio de força, criando muitas dificuldades com as suas arrancadas.

Quim Zé – Começou como médio, mas desde cedo começou a apoiar o ataque. Não fez um jogo brilhante, mas a sua acção foi disfarçada com algumas assistências para golo. Acabou o jogo com falta de força física.

Hélder João – Foi o avançado e o primeiro homem do pressing. Um jogo á imagem do Quim zé. Sem ser brilhante, carimbou a sua passagem pelo desafio com alguns golos, aproveitando a boa leitura para aparecer em zona de finalização e marcar.

Equipa do Marco
Orlando – Grande jogo. Apesar de ter cometido pequenos erros que lhe foram fatais em algumas ocasiões, fez defesas impossíveis, e saídas destemidas aos pés dos adversários. Tem dias em que a sua motivação está no auge…

Abilio – Um jogo à sua imagem. Lutador e destemido a defender, mas não se incorporando no ataque. As movimentações dos adversários criaram-lhe alguns problemas.

Ribeirinho – Está a subir de jogo para jogo, mas faltam-lhe as incursões no ataque. Jogou com dores e essa situação retirou-lhe protagonismo.

Marco Sousa – Bom jogo. Jogou na esquerda, e enquanto esteve em campo incorporou-se no ataque, não deixando o João Rodrigues subir muito no terreno. Teve problemas no joelho, o que o obrigou a estar muito tempo de fora.

Luís Pinheiro – Foi dos melhores da sua equipa. Combinou bem com o Jaime, colocando-lhe muitas bolas. Lutou muito a meio campo, e correu quilometros. Lesionou-se com alguma gravidade já na fase final.

Pupu - A sua posição de raiz não é a de médio, e demorou a habituar-se. Gosta de jogar onde o físico não seja determinante. Tentou outros espaços mas o jogo da sua equipa não explorou as suas características.

Jaime – Na fase final de época está a revelar o seu génio matador. Pouco tocou na bola, mas fez dois golos de belo efeito. Jogou muito desamparado.

Paulo da Pizzaria – Vinha rotulado de estrela face ao curriculum apresentado. No entanto, na primeira experiência no sintético dos astros não deslumbrou. Esteve lento e algo perdido, revelando dificuldades nas divididas e no jogo muito físico, próprio da competição. Precisa de outro ritmo para se impor ao nível praticado actualmente neste espaço. A rever.

Momentos do jogo:
Em Destaque
Como não podia deixar de ser, merece uma nota de destaque o regresso do Nuno Silva à companhia dos seus. Após 5 meses de paragem, regressou à corrida. Foram 15 minutos bem saboreados, e a promessa de regresso para o próximo ano. Força!!!

... a “quente”
“Ó João, pareces um defesa” – Ricardo Lineu a comentar uma infelicidade do João Rodrigues na área dos adversários.

... "de lapidar"
Após o jogo, já no balneário, e na habitual troca de galhardetes em que estes jogos são férteis, são dirigidos alguns comentários ao Orlando, e este em resposta a um do José Fonseca diz:
“ Cala-te que tu eras meu suplente!!!”

“Mai nada”

Até para a semana

domingo, julho 10, 2005

Onde pára o defesa esquerdo?

Uff, jogar com este calor é mesmo para os “duros”.
Ás 10.00 horas da manhã já o termómetro marcava 26 graus, e ainda não se jogava no sintético dos astros…

A realizar os últimos jogos antes das merecidas férias de verão, e com a temperatura a convidar uma visita á praia, nem por isso os atletas deram descanso ao físico nem se pouparam a esforços, realizando um jogo competitivo, com poucos espaços, onde o equilíbrio no marcador durou quase até ao fim.

Sem a presença de nenhum guarda-redes (posição em crise de comparência, e para a qual se esperam grandes novidades para a próxima época) a escolha das equipas coube ao Pedro Oliveira e ao Luís Pinheiro, que ditaram as seguintes constituições:

De colete a atacar para o lado das árvores:
Miguel Martins, Paulo Fão, Pedro Oliveira, João Rodrigues, Quim Zé, Pedro Monteiro e Jaime.

Sem colete a atacar para o lado da escola:
Hélder João, Marco Sousa, Nuno Coelho, Luís Pinheiro, Lineu, João leitão e Pupu.

Do lado dos do Pedro Oliveira a organização era a palavra de ordem. O Miguel era o guarda-redes de serviço. A defesa clássica de três era composta pelo Fão na direita o Pedro ao centro e o João à esquerda. No meio, o Pedro Monteiro e o Quim Zé, e na frente o Jaime.

Do lado contrário, o esquema era bastante diferente. O Hélder João avançou para a baliza. Na defesa o Marco Sousa e o Nuno Coelho, devendo o Lineu? ser o 3º defesa, posição que nunca ocupou, nem foi ocupada durante todo o desafio por ninguém (chegando mesmo a ser alvo de queixas pelo Lineu???). No meio o Luís Pinheiro era o “tanque” de serviço, acompanhado pelo João Leitão e Lineu, ficando na frente o Pupu.

O inicio de jogo, bastante equilibrado, e com poucas correrias (talvez para não repetir o esgotamento que aconteceu na passada semana) dava um desafio equilibrado a meio campo, com poucas oportunidades de golo e futebol muito pausado e jogado pela certa.

Por aí andou até que o Pedro Oliveira, na sua defesa, vislumbrou o Jaime completamente livre de marcação junto à linha de meio campo, e lhe endossa a bola, para este se lançar em corrida isolado para a baliza e cara-a-cara como guarda-redes fazer facilmente o 1-0.

A resposta pouco se fez esperar, e o Luís Pinheiro, à sua maneira, pegou na bola à entrada da área e contando com a passividade da defesa contrária, fintou 3 jogadores e “entregou” a bola na baliza do desamparado Quim Zé.
Ainda o empate não tinha assentado, já novamente o Luís Pinheiro, desmarcava o Pupu na esquerda para este fazer o 2-1 a favor dos sem colete.
Já nesta altura tinha começado a dança das substituições nas balizas, e aqui e ali sucederam alguns lances duvidosos, que provocavam a “alteração” a alguns elementos um pouco mais exaltados com as decisões, acusando uma e outra equipa da posse do apito.

Mas como o equilíbrio era a nota dominante sobre o que se passava no campo, os do Pedro empatam e as duas equipas não descolam no marcador, indo para o intervalo com 3-2 a favor dos do Luís Pinheiro.

Terá sido retemperador o intervalo para os do Pedro que em poucos minutos se colocam em vantagem, sendo um dos golos marcado pelo capitão com um remate ao ângulo, em recarga a um penalty falhado pelo Jaime.

Não baixando os braços, a equipa sem colete consegue o empate por intermédio do Hélder João, mas havia já um deficit de marcações na defensiva dos do Luís, que face á ausência de um terceiro defesa, abriam espaços nos flancos, de onde surgiam cruzamentos perigosos para a referencia Jaime.
Foi sem surpresa que surgiu a diferença no marcador até aos 7-4, e em dia de “calor abrasador”, a “pressa de chegar” era inimiga da perfeição, e iam faltando forças para a recuperação.

Resultado final de 7-4 em dia de muito calor, e com jogo muito fechado e com poucas oportunidades de golo.

Para o prolongamento houve falta de “quórum” e apenas 4 atletas se apresentaram.
Valeu muito a pena e “souberam que nem ginjas”…

Apreciação individual
Equipa do Pedro Oliveira
Miguel Martins – Começou na baliza, onde esteve bem. Errou alguns passes, e tacticamente não esteve perfeito, mas os seus cruzamentos para o Jaime na fase final de jogo foram mortíferos e ajudaram a decidir o desafio.

Paulo Fão – O calor não lhe fez mossa. Apenas com 24 horas de repouso fez um jogo fisicamente bastante aceitável. O seu futebol “brasileiro” não o deixa jogar simples, e surge sempre mais uma finta. Cumpriu tacticamente.

Pedro Oliveira – Cumpriu bastante bem a sua missão defensiva, aparecendo em alguns lances com cortes providenciais. Marcou 3 golos tornando-se a sua actuação decisiva no encontro.

João Rodrigues – Jogou concentrado nas marcações e não deu espaços. Foi perigoso nas subidas á área, onde marcou também ele um golo.

Quim Zé – Jogou a meio campo e preocupou-se em fechar os espaços nas costas do Pedro Monteiro. Cumpriu a sua missão mas podia ter ajudado mais no ataque.

Pedro Monteiro – Era o homem que saia á bola e o primeiro tampão do sector defensivo, onde ganhou muitas bolas. No ataque correu muito, mas os seus passes saíram muitas vezes mal.

Jaime – Era a referencia na frente e aproveitou os espaços que lhe deram. A um avançado deste calibre não se podem dar avenidas em direcção á baliza. Deram-lhas e isso terá sido fatal.

Equipa do Luís Pinheiro
Hélder João – Começou na baliza onde esteve bem a tentar lançar os seus companheiros. Quando veio para a frente, foi perigoso e criou dores de cabeça aos adversários. Tentou o remate de fora da área sem sucesso. As discussões com os adversários tiraram-lhe lucidez.

Marco Sousa – Era um dos defesas a quem cabia marcar o Jaime ou descair para a direita. Na segunda missão saiu-se bem, mas na marcação deu muitos espaços. Ajudou pouco no ataque.

Nuno Coelho – Dividia com o Marco a marcação e aí também falhou. Teve o problema do seu colega na ala esquerda não existir, o que o obrigou a esforço desdobrado. Também ele teve poucas acções ofensivas.

Lineu – Nunca se percebeu qual seria a sua verdadeira posição. No ataque criou problemas, mas terá faltado, onde chegou a dizer que ia jogar, e onde a sua equipa queria que ele jogasse.

Luís Pinheiro – Tem muita força, ganha muitas divididas, é desconcertante, mas teve pouca cultura táctica nas movimentações a meio campo. Marcou um grande golo, mas a sua acção foi insuficiente.

João Leitão – Completamente ausente do desafio. Foi pouco aproveitado como segundo homem do ataque, e pouco usou a sua tradicional movimentação. Poderia ter jogado mais atrasado para dar mais equilíbrio á sua equipa na parte final.

Pupu – Muito só na frente, a descair para os flancos nunca contou com entradas efectivas dos seus companheiros. Ainda assim, foi dos que mais tentou o ataque á baliza dos adversários. Podia ter sido mais bem explorado

Momento do jogo
Na sequencia de um penalty falhado pelo Jaime, a bola é devolvida pelo poste direito da baliza do Nuno, e o Pedro de primeira, desfere um pontapé e indefensável remate com o pé esquerdo, fazendo a bola anichar-se onde a coruja dorme.
Bonito golo!!!

…e o futebol segue para a semana

segunda-feira, julho 04, 2005

Para estes homens, não há diferença entre oficiais e particulares

Em jogo, marcado pela ausência de pressão, por as lutas pelas melhores classificações do trimestre terem findado no Sábado anterior, julgava-se que este embate, seria um típico jogo de fim de época, sem a entrega dos seus intervenientes, conforme nos têm habituado. Puro engano!

Sob um sol escaldante, as equipas capitaneadas por Luís Pinheiro e João Leitão, alinharam da seguinte forma:

Hélder (começou na baliza)
Pedro Oliveira
Nuno Coelho
Miné
Luís Pinheiro
Nuno Bento
Pupu


Os de João Leitão e de colete:

Orlando
João Rodrigues
Ribeirinho
Lineu
Pedro Monteiro
João Leitão
Renato Jaime


Como os de Luís Pinheiro, não tinham muitos homens de características defensivas, optaram estes por montar um esquema de apenas 2 defesas, com Nuno Coelho e Pedro Oliveira. Como os de colete jogavam numa equipa mais aberta e dinâmica, sempre tendo Jaime como referencia de ataque, mas sempre muito apoiado pelos homens de trás, que não raras vezes surgiam em claras situações de superioridade numérica e em que, com muitas dificuldades a equipa de Luís Pinheiro ia evitando o golo.

Esta falta de capacidade de compensação defensiva da equipa de Luís, materializou-se em golos do adversário, sempre que, com rápidos e apoiados contra-ataques, a equipa de João, aproveitou as poucas subidas dos defesas adversários.

Com este aproveitamento a equipa de João, chegou aos 4-0, com 2 destes golos, sendo sequência directa de 2 cantos a favor do adversário, mostrando bem a incapacidade da equipa de Luís ajustar a sua distribuição em campo.

O resultado era o reflexo de uma táctica de risco, dos de Luís, bem aproveitada pelas infiltrações de Pedro Monteiro e João Rodrigues, normalmente pela direita, Lineu pela esquerda, João Leitão e até Ribeirinho (que era o homem mais recuado) infiltravam-se não raras vezes pelo eixo central, sempre no apoio à referência Renato Jaime.

A meio do jogo, surge a arreliadora e agora já crónica lesão muscular de Nuno Bento, na sua perna. Esta situação, leva de forma definitiva Nuno Bento para a baliza e Hélder para a frente.

Não sendo um jogo de grande qualidade defensiva apesar dos poucos golos que houve, a equipa de Luís conseguiu chegar de forma natural aos 4-2, através do seu jogo mais apoiado. Nesta altura o risco dos de Luís torna-se ainda mais evidente, e é aqui que se evidenciou uma atroz incompetência de finalização dos de João, tendo estes, falhanços incríveis em situações de golo feito. Esta situação levou a equipa de João a tornar-se mais insegura e a motivar os de Luís no sentido da recuperação.

Com o calor a aumentar de forma abrupta, a lucidez, teve, em geral, uma trajectória inversa, como é normal nestas coisas do desgaste físico, enaltecendo-se a grande entrega e o esforço patenteado por todos.

Finalmente a equipa de João volta a marcar, fazendo o 5-2, mas nesta altura o jogo estava dominado pela equipa de Luís, aproveitando alguma instabilidade dos adversários, bem visível nas repetidas frases de Lineu: “Não podemos perder isto…!”

Naturalmente a equipa de Luís chega ao 5-4, ficando o jogo muito apertado, mas numa fase de desgaste muito acentuado, o que enaltece ainda mais a grandeza da partida.

Nesta fase do jogo, talvez se tenha batido o record de bolas nos postes das duas equipas em tão poucos minutos, realçando-se um potente remate de João Leitão de fora da área com a bola a embater estrondosamente na trave de Nuno Bento que a “desviou com os olhos”. Do lado oposto foi Hélder que mais tentou, pena para estes que os postes não tenham ajudado.

Finalmente o jogo acabou, com os 5-4, sendo visível em todos, o enorme desgaste sentido. Nada que um banho retemperador e a ingestão de líquidos não resolva. Parabéns a todos pelo esforço, que só engrandece estes eventos.

Do ponto de vista individual, apesar do carácter não oficial do jogo, destacaria Miné, pelo esforço, pela solidariedade defensiva mostrada a partir de certa altura e pela clarividência demonstrada na transição defesa ataque. Temos galáctico, para o próximo trimestre, quem sabe?


Momento do jogo:
Foi unanimemente considerado, a gargalha solta de forma genuína, pelos espectadores que assistiam ao jogo na zona do bar após a finalização do seu jogo, ao verem uma intervenção de Orlando, em que num remate à figura, a meia altura, faz uma intervenção incompleta, tendo a bola subido e ganho a trajectória da sua baliza, o problema é que por muitas voltas que Orlando desse sobre si mesmo, este não via por onde andava a bola e foi por muito pouco que esta não acabou por entrar. Enfim, se dentro do campo, já tudo se aceita, fora, ainda há quem ache graça. Ainda bem!

Esperamos que para a semana a intensidade do jogo e a entrega de todos se repita, agora, esperamos, já com a presença do nosso Quim-Zé. Por outro lado, podemos adiantar que parece que Nuno Bento vai recuperar da lesão muscular para as terras onde o “viola” Rui Costa foi príncipe. Aguardamos, mais uma vez, que a lesão se vá definitivamente embora.

Até para a semana.

P.O.

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