domingo, maio 29, 2005

Lição Táctica - O "Espartilho"

Emotivo jogo de futebol a marcar a 9ª jornada do campeonato do NAB. Num jogo marcado por muitas ausências e regressos que se saúdam, a meteorologia colaborou, e a temperatura estava amena e com pouco sol, ingredientes ideais para a prática desportiva.

Os capitães de equipa Hélder João e Quim Zé, ditaram as seguintes constituições:

Sem colete a atacar para o lado da escola, a equipa do Hélder João apresentou o Nuno Bento na baliza, o Pedro a descair mais para a direita, o Nuno Coelho ao centro e o Ricardo Lineu inicialmente mais á esquerda. Na organização de jogo ofensivo o Mané e adiantado o Hélder João.

Os do Quim Zé, de colete tinham o Orlando na baliza, o Marco e o Ribeirinho na defesa, o Quim Zé mais ao centro e na frente o Jaime e o Pupu.

Início de jogo muito equilibrado, como tem sido habitual, com as equipas a estudarem-se mutuamente. Não espantaria que o primeiro sobressalto viesse na sequência de uma defesa “à guarda-redes” feita pelo Nuno Bento, um primeiro sinal da excelente exibição que viria a efectuar.

Já com alguns minutos de atraso, O Luís Nuno reforça a equipa do Helder João, indo posicionar-se na esquerda da defensiva, e o Paulo Fão a do Quim Zé, colocado na direita do ataque.

Continuação de jogo equilibrado, já com lances de golo em ambas as balizas, mas com o 0-0 a teimar em persistir. Seria um erro do Fão, na sequência de um passe mal medido para a linha média a colocar a bola no Mané, que apanhando os adversários em contrapé, faz o 1-0.

Com vantagem no marcador, inicia-se o que até final de jogo seria a postura das equipas.
A do Helder João, muito bem organizada na defensiva, com um guarda-redes muito comunicativo a orientar a sua equipa, exímia nas marcações, e a do Quim Zé, com alguma desorganização, muita gente na frente, mas com pouca mobilidade, a correr atrás do prejuízo.

Seriam ainda os do Hélder João a fazer o 2-0 colocando ainda mais pressão nos adversários.
Estes, nunca baixando os braços, conseguem no entanto reduzir por intermédio do Quim Zé, aproveitando um dos poucos erros de marcação que a defesa dos sem colete cometeu.

Com o resultado em 2-1, e a continuação da incerteza no marcador, o jogo estava intenso, com marcações muito apertadas pela equipa do Helder João, que começavam a resultar em lances de contra-ataque, que num deles deu o 3-1, num grande golo do Helder João a recolocar a sua equipa com vantagem de dois golos.

Com o 3-1 no marcador, inicia a equipa do Quim Zé um forcing na tentativa de reduzir o score, mas as suas iniciativas esbarravam na muitíssimo bem organizada defesa contrária, que com um Nuno Bento a relançar a carreira, mantinha a sua baliza bem protegida.
Fruto de alguns excessos defensivos, cometidos pelo Luís Nuno, os do Quim Zé conseguem reduzir na sequência da marcação de uma grande penalidade.

No entanto os dados do jogo estavam lançados.
Uma equipa, inteligentemente, fechava-se na sua defesa, e com os seus jogadores a saberem o que tinham que fazer, saía sempre a jogar, criando enormes problemas aos do Quim Zé, que nunca conseguiram contrariar este sistema. Com muita gente estática na frente, não havia circulação de bola, e a sua perda em lançamentos longos permitia vários contra-ataques perigosos aos adversários.

Foi sem surpresa que também na marcação de um penalty os do Helder João conseguiram dilatar o marcador para 4-2.
Terminou aqui a possibilidade de os do Quim Zé conseguirem alterar as coisas. Face ao espartilho montado pelos do Helder João, sem espaços para trocar a bola e com o jogo pouco aberto, eram presas fáceis para os defesas contrários, que explorando a falta de marcação movida ao avançado Helder João, adoptavam um futebol directo para o seu avançado.

Entrou entretanto o jogo em quezílias próprias de muito confronto físico, com muitas discussões que em nada abonam em favor do fair-play.

Nos minutos finais, o avolumar no marcador próprio das situações em que uma equipa tenta desesperadamente reduzir, concedendo muitos espaços para os adversários facturarem.

Resultado final de 6-2 para os do Hélder João, fruto de uma lição táctica imposta aos seus adversários.


Momento do Jogo:
Com o resultado em 2-1, a equipa sem colete explorando uma jogada de envolvência pela esquerda, cruza a bola para a área, onde o Hélder João a recebe e tirando um defesa do caminho desfere um remate ao qual o Orlando se opõe com sucesso , dando no entanto a recarga ao mesmo Hélder João que à meia volta, não perdoa.

Apreciação Individual:
Equipa do Hélder João
Nuno Bento – Excelente exibição. Muito bem a comandar a sua defesa, não se atemorizou com os remates de fora da área nem nas saídas aos seus adversários. Apenas batido por uma falha da sua defesa e na marcação de uma grande penalidade. Tempo ainda para marcar de penalty ao seu opositor contrário.
Pedro Oliveira – Bem a defender, e nas dobras aos seus colegas. Conseguiu sempre colocar a bola jogável nos seus colegas mais adiantados. Uma única falha que deu golo.
Nuno Coelho – Intransponível no 1 contra 1, foi soberano na defesa. Bastante calmo e sereno, conseguiu à semelhança do Pedro colocar a bola pronta para jogar. Tentou ainda a sua sorte em remates de longe á baliza do Orlando.
Luís Nuno – Foi intratável. Ao contrário dos seus colegas da linha defensiva, usou de meios menos lícitos para travar os seus adversários, gerando muita polémica em duas ou três situações. Alterou com o Nuno Coelho a marcação ao Jaime. Não escapou aos lances de maior polémica.
Lineu – Correu kilometros, mas as suas opções nem sempre foram as melhores. Mal no passe, compensou com o espírito de luta a que nos habitou.
Mané – Deu-se muito bem com alguma liberdade que tinha na acção defensiva para ser o impulsionador do ataque da sua equipa. Num meio campo algo despovoado, criou sempre muito perigo para os seus adversários ao lançar aos seus colegas.
Helder João – Excelente jogo deste avançado possante, que aproveitando a falta de marcação “em cima” foi a referencia do ataque e o farol do guarda-redes Nuno Bento. Também ele, estranhamente, se viu envolvido em lances polémicos quando nada o fazia prever.

Equipa do Quim Zé
Orlando – Os guarda-redes estiveram em grande nível. Grande exibição, sem culpas nos golos sofridos, evitando ainda uma mão cheia de golos feitos.
Marco Sousa – Na marcação homem a homem, concedeu sempre muitos espaços ao Hélder João para receber a bola. Foi o mais esclarecido na procura de espaços vazios. na parte final, quando o pressing era mais importante, claudicou fisicamente vitima de uma pequena lesão muscular.
Ribeiro – No jogo de regresso após lesão, notou-se que ainda está condicionado. Só se soltou mais na segunda metade e ainda foge ao choque, situação em que era muito forte. Tentou defender-se mais jogando mais recuado.
Quim Zé – Começou na linha média, onde estava a arrancar um bom jogo. Com a passagem para a frente, nunca mais se encontrou, nunca conseguindo encontrar espaços. Tentou compensar com ajudas defensivas. bem a aproveitar os espaços no lance do golo.
Jaime – O avançado mais perigoso. Tentou várias vezes fugir á marcação, mas o seu marcador directo ou a dobra não lhe deram espaços. Jogo de esforço, com compensações defensivas. Foi vitima de marcação constante à margem das leis. também ele entrou em quezilias que em nada o beneficiam.
Pupu – Desde cedo deu o “estouro”, fruto das constantes movimentações a que foi obrigado para encontrar espaços. Não mais ajudou no ataque e deu liberdade total ao seu marcador para se aventurar em terrenos contrários.
Paulo Fão – Começou o jogo com um erro de palmatória que deu o 1-0. Jogou inicialmente na defesa, mas cedo avançou no terreno, para tentativas de ataque. Muito luta, mas pouca eficácia.

Man of the MatchA decidir durante a semana por votação on-line
Prémio BacalhauQuim Zé

Quadro Clínico
Nuno Silva – Em recuperação. Só tem alta para o final do ano.
Miguel Oliveira – Ruptura no pé direito (a 6ª). Só regressará na próxima época.
Pedro Monteiro – Ruptura no pé direito. Por precaução não actuou, devendo regressar na próxima semana.

Até para a semana

domingo, maio 22, 2005

Meio campo e lesão de Miguel dão vitória clara

A 8ª Jornada do campeonato do Nab foi marcada não só pelo falhanço do Sporting na conquista da taça UEFA, mas também pelas expectativas que estão a gerar o final da Superliga, marcado para este fim-de-semana.

A convocatória para esta jornada foi marcada por grande afluência, contando com 15 elementos, que em dia de excelentes condições para a prática do futebol, disputaram mais um jogo renhido, que o resultado final não demonstra.

Desta vez a escolha das equipas contou com o estreante Pedro Monteiro, e o já habituado a estas andanças, Miguel Oliveira, que ditaram os seguintes alinhamentos:

De colete, a atacar para o lado da escola, a equipa do Miguel apresentou o Orlando na baliza, 3 defesas, cabendo a direita ao Abel, o flanco contrário ao Miguel e o Marco ao centro. No meio o Mané e o Hélder João mais á direita e na frente o Pupu. No banco de suplentes, face ao atraso, o Paulo Fão, que sendo o homem dos coletes obrigou os seus companheiros a “mostrar o cabedal”.

Os homens do Pedro Monteiro, sem colete alinharam com o Abílio na baliza, o Quim Zé mais à direita, o João Rodrigues ao centro e o Lineu na esquerda. Num meio campo o Pedro Monteiro e o Luís Pinheiro e na frente o João Leitão.

O início de jogo, foi marcado pelo equilibro, com as defesas a sobreporem-se aos ataques, e sem grandes oportunidades de golo. Assim andou durante largos minutos, com as equipas encaixadas uma na outra, e sem rasgos ou erros individuais que muito têm ajudado a desequilibrar alguns jogos.

Já com cerca de 15 minutos jogados, o João Leitão marca o primeiro golo e bisa de seguida de cabeça, a pentear uma bola e a colocá-la fora do alcance do Orlando.

Nesta fase do jogo, superiorizava-se a equipa do Pedro Monteiro na linha média, fruto da superioridade numérica do Pedro Monteiro, Luís Pinheiro, que disputa todos os lances até “à morte” e Lineu, sempre foi mais médio que defesa, sobre os contrários Hélder João e Mané, que não contando com a ajuda dos muito estáticos defesas, perdiam a batalha a meio campo.

Assim, no seguimento da marcação de um dos muitos cantos a favor, o João Rodrigues, sem marcação condizente com os seus quase dois metros (era o Miguel que o marcava) faz de cabeça 3-0, para desespero do seu marcador.

Com o jogo mais ou menos controlado no marcador, mas ainda com muito tempo para jogar, sofre a equipa dos sem colete um revés, com a lesão do Pedro Monteiro num tornozelo, aguentando com muito esforço, até final.
Assim, limitados de um dos seus mais influentes jogadores a equipa do Pedro Monteiro, passa por um período de maior assédio contrário, com o Paulo Fão a reduzir para 3-1, num lance em que cara a cara com o Abilio, (cotou-se com mais uma excelente exibição, sempre a orientar a sua defesa) lhe coloca a bola entre as pernas.

Resultado em 3-1, maior acção ofensiva da equipa do Miguel, com o Hélder João a adiantar-se um pouco mais no terreno, e o Miguel a explorar mais o seu flanco, tendo inclusive uma oportunidade soberana para marcar.

No entanto, já com a alteração operada na equipa do Pedro Monteiro, trocando o Quim Zé com o João leitão, que já a dar mostras de alguma quebra física, conferia pouca profundidade ao ataque, estes chegam ao 4-1, com uma assistência do Quim Zé para o Lineu, que à entrada da área remata colocado e sem hipóteses para o Orlando.

Pouco depois a lesão do Miguel Oliveira, colocou definitivamente de lado a incerteza que ainda poderia haver no vencedor. Com a sua saída de jogo, abriram-se verdadeiras avenidas na defesa, pois o Paulo Fão nunca se fixou na sua posição, revelando-se o Marco e o Abel impotentes para tantos adversários.

Até ao final do jogo, tempo ainda para mais 3 golos, com outras tantas assistências do Quim Zé, culminando um período de jogo em que a bola circulava entre todos os sectores da equipa do Pedro Monteiro.

Tentavam responder os do Miguel, com muita vontade, mas pouco discernimento, criando pouco perigo para a baliza do Abilio.

Vencedor justo, mas resultado pesado, face ao que se verificou no inicio da partida. Muitas mazelas a condicionar o desafio e a convocatória para a próxima semana.

Apreciação individual:
Equipa do Pedro Monteiro
Abilio – Seguríssimo. Sem culpas no golo sofrido. Muito bem a orientar a equipa na acção defensiva.
Quim Zé – Inicialmente na defesa, onde não comprometeu, foi no ataque que mais se destacou ao fazer assistências primorosas para quatro golos.
João Rodrigues – Bem a defender, sem inventar, teve tempo ainda para dar uma ajuda no ataque, conseguindo um golo de cabeça na marcação de um canto.
Lineu – Excelente exibição. Desde cedo percebeu que era no meio campo que se iria ganhar o jogo. Foi o terceiro médio, e ainda o responsável pelo avolumar do marcador ao conseguir 3 golos.
Pedro Monteiro – Bom jogo, com acção importante a meio campo. A sua lesão impediu-o de fazer o vai e vem a que nos habituou. De registar o esforço a que se submeteu para não abandonar a partida!!!
Luís Pinheiro – A sua capacidade física é uma mais valia, mas deve ser mais jogador de equipa. Disputa todos os lances, tem muita posse de bola, mas faltou-lhe discernimento para a soltar no momento oportuno.
João Leitão – Não é muito dado ao choque, mas a sua mobilidade desgasta as defesas. Foi o avançado no início de jogo, onde conseguiu dois golos à ponta de lança. No período em que jogou como defesa revelou alguns momentos de desconcentração que poderiam ditar males maiores.

Equipa do Miguel Oliveira
Orlando – Jogo difícil para ele. Se teve culpas no primeiro golo, ao largar a bola para a recarga do João, nos outros golos pouco poderia fazer, registando mesmo algumas intervenções difíceis. Muita dificuldade em jogar com os pés.
Abel – Não foi o Abel que nos habituou. A defender deu muitos espaços, e no ataque correu muito, tentando desmarcações, mas sempre infrutíferas.
Marco Sousa – Começou o jogo com duas ou três acções ofensivas, mas depois limitou-se a defender, o que faz bem. A equipa precisava de mais Marco no apoio ao ataque. Esclarecido nas acções defensivas, mas muito desacompanhado no final do desafio.
Miguel – Inicialmente bem a defender, soltou-se mais na frente após o 3-0. A sua lesão terá marcado decisivamente o desenrolar do jogo.
Mané – Tentou organizar o jogo a meio campo, mas ou os seus passes nunca saíram bem para os seus companheiros, ou perdia-se em tentativas individuais. Formava com o Helder João um duo que não funcionou. Distante do jogador de outros jogos.
Hélder João – Era o parceiro do Mané a meio campo, sendo derrotados na luta da linha média com a equipa contrária. Tentou adiantar-se mais no terreno, mas as suas acções encontravam sempre opositores.
Pupu – Jogo para esquecer. Se na sua função de avançado, não conseguiu sair no um para um, nem visar a baliza do Abilio, na ajuda defensiva praticamente não existiu.
Paulo Fão – Nunca se percebeu qual a sua função em campo. Quando substitui o Miguel na defesa, comprometeu com falhas de marcação clamorosas. Conseguiu marcar o tento de honra da sua equipa.

Momento do Jogo: A lesão do Miguel Oliveira, marcou definitivamente o desenrolar do desafio. Se a sua equipa estava encostada ás cordas no marcador, sofreu um Knock-out, com o suicídio táctico na falta de marcações.

Man of the matchDecidido através de votação on-line
Prémio bacalhauNão foi atríbuido.

Quadro Clínico
Nuno Bento – Ressentiu-se da lesão na coxa. Provável regresso na próxima semana.
Nuno Silva – Continua o processo de recuperação. Já largou as canadianas.
Pedro Oliveira – Lesão nas costas, fruto do excesso de carga física a que se vê submetido na sua outra actividade desportiva.

Até para a semana

domingo, maio 15, 2005

Jogo intenso premiou os mais esclarecidos

Dia de grandes emoções para a disputa de mais uma jornada do campeonato do NAB.
A 7ª jornada do nosso campeonato, disputou-se no dia do derby mais apetecido, no qual o Benfica terá dado um passo de gigante à conquista do título que lhe foge à 11 anos, vencendo o Sporting por 1-0 com golo de Luisão aos 83 minutos.

Voltando ás nossas emoções, a manhã de sol, e o relvado em excelentes condições foram o enquadramento quase perfeito para o desafio, não fosse o calor excessivo que se fez sentir durante todo o encontro.

Nas escolhas das equipas, o Lineu e o Pupu, fizeram as seguintes opções:

De colete: Abilio, Abel, Paulo Fão, Pedro Monteiro, Luís Pinheiro, Nuno Bento e Pupu.
Sem colete: Orlando, Pedro Oliveira, João Leitão, Marco Sousa, Quim Zé, Hélder João e Lineu.

Ditou o desafio do passado Sábado um jogo electrizante, com equilíbrio constante, incerteza e alternância no marcador, fruto de uma intensidade de jogo que há muito não se via por estas paragens.

Na apresentação das equipas, a do Pupu, iniciou o jogo com Abilio na baliza, o Abel à direita e o Fão à esquerda, apresentando depois o Pedro Monteiro e o Luís Pinheiro no meio, dando o ataque ao Nuno Bento e ao Pupu.

Os do Lineu, tinham o Orlando na baliza, o Pedro na direita e o Lineu na esquerda, sobrando o marco para mais recuado defender ao centro. O João Leitão fazia a linha média, caindo na frente o Quim Zé para a direita e o Hélder João na esquerda.

Inicio de jogo cauteloso e com poucos lances de perigo junto das balizas, cabendo á equipa do Pupu estender-se mais no terreno, fruto da pressão do Nuno Bento à saída da defesa adversária.

Com o resultado em 0-0 e no decurso de um lance muito duvidoso, em que o Orlando defende (?) uma bola na linha de golo a remate do Fão, a confusão é gerada e talvez fruto desta jogada, assistiu-se até final a uma disputa férrea de todos os lances, gerando discussões desnecessárias, e até azedas trocas de palavras.

Com o pretenso golo anulado, a equipa do Pupu faz no entanto o 1-0 através do Pedro Monteiro, num lance algo confuso, mas que colocava alguma justiça no marcador.

Imediatamente após, o Nuno Bento ressente-se de uma lesão, e vê-se obrigado a ir para a baliza, dando o seu lugar ao Abilio, que prontamente, se coloca na defesa e manda avançar o Paulo Fão.

Após o 1-0, os do Lineu, tentaram a inversão no marcador, e talvez fruto de alguma desorientação táctica dos adversários com as substituições operadas, conseguem os seus intentos, virando o marcador a seu favor, com duas jogadas de entendimento dos seus jogadores e finalizações fáceis do Lineu e Hélder João, que faz logo de seguida o seu 2º golo, colocando o resultado em 3-1.

Neste momento, o Bento chamando a si a orientação da equipa, coloca o Abilio ao centro da defesa (que boa actuação teve) fazendo recuar oFão para a sua posição original. Terá sido decisiva esta alteração táctica, pois os seus adversários, pouco dados a cultura táctica, nunca deram muita importância a esta situação, confiando talvez no resultado que acabavam de atingir.

Paulatinamente, a equipa do Pupu equilibra novamente o desafio, e recupera no marcador até aos 3-3, mantendo-se o jogo empatado durante algum tempo, e a intensidade sempre a subir, com todos os lances a serem disputados nos limites.
Muito importante a acção do Luis Pinheiro e do Pedro Monteiro, na luta da posse de bola, a fazerem valer a força fisica para compensar algum deficit de capacidade fisica da sua equipa em relação aos seus adversários.

Já nesta altura o Pedro Oliveira assumia a responsabilidade de avançar no terreno, para ponta direita, situação esta que não foi muito explorada pela sua equipa.
Abusavam os do Lineu de um futebol muito directo e pouco paciente, nunca conseguindo fazer alguma pressão para explorar as fragilidades do Nuno bento na baliza. Revelou-se decisivo neste ponto o facto de o Pupu , não defendendo, conseguir que os seus adversários não encolhessem a sua equipa, pois mantinham sempre alguém vigilante a este perigoso avançado.

Conseguem no entanto os do Lineu, no remate cruzado de sua autoria o 4-3, golo muito festejado, e que se pensaria conseguir fazer desmembrar a bem organizada equipa do Pupu. Nada disto aconteceu, pois poucos minutos volvidos, na sequencia de um remate à entrada da área do Paulo Fão, que se mostrou sempre muito quezilento, O Orlando volta a colocar a sua chancela no jogo, ao dar um autêntico “Frango” deixando a bola passar por debaixo das pernas e lentamente entrar na baliza.

Nova igualdade no marcador, e após a equipa do Lineu desperdiçar duas boas ocasiões de golo, com excelentes intervenções do Nuno Bento, o Abel, em missão ofensiva, faz o 5-4 num golo de belo efeito, a rematar de primeira e de fora da área uma bola cruzada da direita, colocando-a junto ao poste direito da baliza do Orlando.

Pouco mais havia a fazer à equipa do Lineu, que poucos minutos depois via o jogo acabar com a vitória da equipa do Pupu.

Resultado que se aceita – a vitória assentava bem a qualquer equipa - e premeia a cabeça fria da equipa do Pupu, que soube fazer correcções decisivas durante o desafio, que lhe permitiram alterar o rumo do marcador.
Reviravolta total na classificação, fruto deste resultado, que provoca um autêntico abanão na frente, onde as diferenças são agora muito pequenas. Vida difícil para os cada vez mais últimos.

Parabéns ás duas equipas pela intensidade que emprestaram ao desafio e pela incerteza no marcador até final.
Nota negativa apenas à forma como se discutem pequenos lances que em nada abonam em favor do normal desenrolar do jogo.

Momento do Jogo: O golo decisivo do Abel, que colocou o resultado em 5-4 dando a vitória à sua equipa.

Man of the Match – Prémio a ser decidido por votação on-line.
Prémio bacalhau – Não foi atribuído.

Quadro Clínico
Ribeirinho – Por indicação clínica, voltou a não poder ser dado como apto. Tarda o seu regresso.
Nuno Silva – Continua o seu processo de recuperação.

Até para a semana.

quarta-feira, maio 11, 2005

…que se lixe(m) as taça(s)…venha de lá o Campeonato

Conforme prometido, o Calcio di Nab, espaço onde as emoções futebolísticas estão sempre ao rubro, não podia dissociar-se do acontecimento do momento:
a luta pelo título de Campeão Português de Futebol.

Foi criteriosamente seleccionado um adepto de cada clube que representará cada um dos candidatos ao título (o S.C.Braga estará quase condenado, e para além do Prof. Marcelo, com o tempo demasiado ocupado, não conheço mais ninguém) com um texto onde tentarão dar a sua visão do seu favorito e dos pontos positivos e negativos dos seus clubes.
A resposta foi positiva, e libertando o que lhes ía na alma, o resultado da suas opiniões é o que se transcreve mais abaixo.

Estas considerações vão ser a base, para aquilo a que já apelidaram como a maior troca de ideias e argumentos que um apaixonado do futebol poderia imaginar.

Que sirva de lição aos “paineleiros” da nossa praça!!!


Nota introdutória, por um adepto sportinguista:

A propósito do jogo de todas as emoções, a realizar sábado, dia 14 de Maio de 2005, precisamente no dia em que se comemora o 11º aniversário do escancarar das portas para o ultimo título do Benfica, dizer que se espera deste acontecimento um exemplo de respeito mútuo e desportivismo, é algo totalmente fora da crua realidade que nos rodeia – A Luz deverá ser palco de emoções primárias, comportamentos exacerbados e agressividade gratuita – por muito que se devesse desejar o contrário, um derby, é um derby. Não defendo a ideia que tudo se desculpa nestas circunstâncias, mas este é, de facto, um derby com requintes de malvadez, se não vejamos:

-Quem ganhar é quase campeão, mas nos derbies, a leitura é obrigatoriamente subvertida, ou seja, quem perder, verá o outro ser campeão à sua custa. A euforia desmedida de uns, será directamente suportada na desesperante frustração dos outros. Esta imagem de enredo denso, é mais sanguinária, mais vampiresca, mas é decididamente mais próxima da realidade.

Por muitas voltas que dê, na tentativa de “pintar” um quadro mais desanuviado e descomplexado, não consigo alterar o cenário.

Lagartada e Lampionada, este é o enquadramento principal, com a tripeirada em Vila do Conde a fazer os possíveis e impossíveis para evitar quaisquer festejos nessa noite em Lisboa. São estes os cenários do próximo dia 14… e, a partir das 19.45, nada será como dantes!!!



… Por um distinto e honrado adepto Sportinguista

Sobre o finalista desta edição da Taça UEFA, diria que como equipa tem desequilíbrios. Nem de perto, nem de longe é uma equipa que produza, de forma regular, exibições convincentes. Mas teve, até agora o mérito de estar muito bem em momentos decisivos e a sorte não a desacompanhou. A carreira internacional foi fundamental, para a equipa se consciencializar das suas capacidades e dos seus atributos muito acima da média, quer nacional, quer internacional, onde se evidenciou o sector médio da equipa.

Após a “descoberta” de João Moutinho, desencadeou-se aquilo a que eu chamo o “efeito Moutinho” – este fenómeno muito interessante, e não vou aqui estender-me muito, mas diria apenas que a sua entrada provocou um fenómeno de solidariedade entre sectores da equipa que era uma das suas maiores lacunas. Sendo o Sporting uma equipa pouco elástica entre sectores, a entrada de Moutinho provocou vários efeitos colaterais, sendo aquele que salta mais à vista, apesar do regresso conjuntural ao modelo antigo nos últimos 2 jogos: Alkmaar e Guimarães, é a saída do vértice recuado e inoperante em termos de manobra ofensiva, do famoso losango. Salta à vista que Fábio “Roca”, jogando sem Custódio, torna-se um jogador mais completo; ataca melhor e defende muito mais, isto porque Moutinho não pisa os mesmos terrenos que Custódio, ou melhor, pisa esses e muitos mais. Com quatro, em vez de três homens criativos no meio campo, os adversários têm muito maior dificuldade em controlar a imprevisibilidade de circulação de bola do Sporting. Não posso esquecer aqui a genialidade de Viana e do velho capitão Barbosa, que tornam aquele meio campo deslumbrante, o problema é a falta de disponibilidade de ambos para 90 min. de grande exigência atlética.

Quando ao futebol referido, se junta o bom acompanhamento da linha defensiva, o que normalmente acontece com Rogério, que é claramente um jogador culto e que sabe enquadra-se nesta realidade, sem nunca perder a sua vocação de lateral, a equipa atinge um nível muito elevado.

O ataque, como se sabe, não terá Liedson, como tal, não perderei muito tempo com alguém que pediu meia dúzia de dias de férias de Natal e que gozou a dúzia, e que esta semana atirou ostensivamente a bola para a bancada no tempo extra de um jogo praticamente ganho e que lhe custou o consequente amarelo (neste caso o quinto), para não falar da rábula do Pampilhosa a 4 de Janeiro, consequência de mais uma infantilidade, semanas antes em Guimarães. Assim o ataque estará seguramente entregue a dois elementos, mais ou menos abertos, mas a quem se pede que sejam inteligentes e disponíveis, para um jogo que será duro e onde, nem sempre, as leis do jogo imperarão integralmente. Pede-se a Sá Pinto, ou a Pinilla, ou a Niculae, que tenham classe e maturidade para estes momentos, eu acredito neles porque admiro os seus atributos como avançados, digo-o com total sinceridade.

O calcanhar de Aquiles estará, como sempre esteve esta época, no sector recuado; é verdade que o Sporting ganhou Enak esta época, mas este ainda não conseguiu fazer muitos jogos seguidos, devido a várias lesões ou recaídas das mesmas. Este tem sido um drama para o eixo da defesa do Sporting que tem no inseguríssimo e irregular Polga e em Beto, que por sinal, tem vindo em crescendo, a dupla de centrais que deverá actuar ante os encarnados. Juntando a esta irregularidade, a pouca capacidade explosiva de Rui Jorge e as insuficiências técnicas de Ricardo, tornam o sector defensivo em algo que será uma incógnita, mas se jogar ao nível do que é normal, o Sporting poderá sofrer dissabores.


Agora, como Sportinguista, tenho apenas um desejo:
- Dispenso a derrota!

Acho que não é pedir muito.

Como viram, ainda não falei de arbitragem, e peço apenas que não queira o Sr. Paraty ser o protagonista de algo em que apenas deve ser regulador. Que seja o primeiro derby de Lisboa desta época, com uma arbitragem qualificada.

Para finalizar diria a todos, independentemente da sua paixão clubistica, da sua maior ou menor racionalidade nestas ocasiões, que vivam, que desfrutem deste momento único; dramático, angustiante é certo, possivelmente até cruel e frustrante, mas vivam-no - os momentos que a antecedem e mais aquela hora e meia, são o sortilégio do futebol. E não há futebol quando o verde às riscas não se cruza com as ditas papoilas.

Meus amigos,
Viva O DERBY,
que este ano será seguramente de um Campeão!

Do
Sportinguista, gloriosamente em trânsito pela Luz



… Por um distinto e honrado adepto Benfiquista

O SLB ao longo da presente temporada não evidenciou picos de forma que o elevassem a voos europeus.
Demonstrou sim em todos os jogos uma seriedade e respeito para com os adversários, jogou sempre, mas sempre de fato de macaco .
Apresentou o melhor meio-campo nas funções de cobertura e dispõe do melhor lateral direito Português. Alem disto tudo, encarou o Campeonato desde a 1ª Jornada e não a partir da 6ª. Foi o mais regular.
Merece ser Campeão.

O que mais se destaca pela positiva:
- Dos 3 grandes (apesar das afirmações publicas do Veiga) foram os Jogadores que em campo demonstraram maior Humildade, Espírito de Equipe e de Luta.
- Os jogadores decisivos tiveram momentos de grande forma desencontrados (Manuel Fernandes, Simão, Miguel, Giovani e Petit), não dá para grandes exibições mas decide os 3 pontos em momentos chave.
- Boa gestão de plantel do Sr. Trapatoni.
- Aliança proveitosa com o Rival de sempre - o SCP.
- Os melhores Trincos a jogarem em parelha
- 4 bons defesas que jogando juntos e em forma são uma mais valia
- O Tinoco Faria

Os pontos negativos
- Um plantel que apenas tem 14 Jogadores bons ou muito bons
- Incapacidade para mandar no jogo, quando mandou perdeu pontos (ex. Rio Ave e Leiria)
- O Nuno Assis teve um período de forma curto
- O Vieira e o Veiga

Saudações benfiquistas

Emílio Recoba



… Por um distinto e honrado adepto Portista

Chegámos à parte final de mais uma época futebolística, esta atípica.
E porquê?
Porque, ao contrário dos últimos (pelo menos 17) anos, não temos o Futebol Clube do Porto campeão, com largo avanço pontual e sem surpresa já em descanso.
Cabe-me opinar sobre o porquê desta situação sobre quem, segundo o meu ponto de vista, deve ser campeão.

Assim, penso que o F.C.P, depois de duas épocas ímpares na história do futebol nacional, não é, ainda, campeão por culpa própria, pois tivemos um ano atribulado, com muitas entradas e saídas, quer de treinadores quer de jogadores.
Tivemos jogadores chave, quer por lesão quer por castigos (na maioria discutíveis), que não puderam dar o contributo à equipa.

Mas, acima de tudo, com o começo de um novo ciclo também não podemos contar com a genialidade dos artistas que partiram e que hoje são aclamados, por todos, como sendo dos melhores do mundo, não só os jogadores como também o treinador.

Quanto à questão de quem deve ser o próximo campeão, penso que nesta altura devia ser o SCP, por ser a equipa com mais confiança e dinâmica de vitória.
Pode ser o SLB pelo crer e perseverança, que pode levar a equipa a agigantar-se nesta altura crucial.

O Futebol Clube do Porto, está na posição, para nós desconhecida e estranha, de depender de outros, mas… A esperança é a ultima a morrer.

Saudações desportistas

LX Dragon, Sócio nº 105573

... a contagem decrescente está em marcha,
que ganhe o Melhor!

domingo, maio 08, 2005

A “táctica” criou o falso equilíbrio

Ainda com as emoções da passagem do SCP à final da taça UEFA bem frescas na memória de todos, disputou-se hoje (Sábado) a 6ª Jornada do emocionante campeonato de futebol do NAB.
Boas condições para a prática do futebol, e de registar a presença nas bancadas da miudagem, uma vez mais presente em dia de jogo.
À semelhança do que tem vindo a acontecer, o calor continuou a não dar tréguas, e revelou-se um obstáculo difícil de contornar durante todo o desafio.

Com o sorteio a ser feito de véspera, pela primeira vez com a possibilidade de ser seguido ao vivo, via Internet, os capitães de equipa Quim Zé e Miguel, obrigados a mexidas de ultima hora em virtude da substituição do Abel com problemas familiares, pelo regressado Jaime, apresentaram as seguintes equipas:

De colete a atacar para o lado da escola: Hélder João, Marco Sousa, Quim Zé, João Leitão, Pedro Monteiro, Paulo Fão e Pupu.
Sem colete a atacar para o lado das árvores: Orlando, Miguel Oliveira, João Rodrigues, Luís Nuno, Pedro Oliveira, Lineu e Jaime.

Assistiu-se à implementação de duas filosofias de jogo completamente diferentes.
Uma equipa, a do Miguel com o Orlando na baliza, o Miguel na direita e o Luís Nuno na ala contrária, cabendo o centro da defesa ao João Rodrigues, com o Pedro e o Lineu no meio, e o Jaime ainda que mais adiantado, revelava também bastantes preocupações defensivas.

Contrariamente, a equipa do Quim Zé adoptava uma postura mais ofensiva, apresentando o Hélder João na baliza, o Marco no centro na defesa em marcação ao avançado contrário, o João Leitão na esquerda e o Quim Zé na direita com liberdade para subir. No meio o Pedro Monteiro, e na frente dois avançados - Pupu e o Paulo Fão.

Estes dois esquemas tácticos, ditaram um inicio de jogo com a equipa do Miguel completamente fechada na sua defesa, aguardando pelos ataques contrários, e destinando marcações homem a homem, dentro da sua zona de jurisdição, com o ataque entregue ao desamparado Jaime, numa missão que conhece de outros tempos.
Os de colete assumiram o seu favoritismo no papel, e iniciaram o jogo com as despesas da tentativa de ataque à baliza do Orlando.

Puro engano quem considerou que o favoritismo teórico, se iria traduzir numa goleada. Com o esquema táctico montado, a equipa do Miguel criou bastantes dificuldades aos comandados do Quim Zé, que sem encontrar soluções para a teia montada pelos adversários, com pouca movimentação no ataque, se limitava a fazer circulação de bola em zonas de pouco perigo.

Com as equipas já encaixadas nos diferentes esquemas tácticos, o Jaime, no seguimento de um passe bem medido do Pedro, faz o 1-0 aproveitando um lance em que os de colete são apanhados em contrapé.

Resultava na perfeição a táctica dos do Miguel, que chegam aos 2-0 com outro golo do Jaime, a finalizar uma jogada de 1 contra 1 pela esquerda, com um remate ao ângulo da baliza agora defendida pelo Quim Zé.

Com o resultado em 2-0, os de colete, fazem uma mexida táctica, fazendo o Fão, até ao momento presa fácil para os defesas contrários, trocar com o João Leitão, conferindo ao ataque maior mobilidade.
Não perdendo a cabeça, continuando a circulação de bola, e aproveitando a boa integração do Hélder João nos movimentos ofensivos, os de colete encurtam a vantagem e igualam logo de seguida, colocando justiça no marcador.
O aumento da mobilidade ofensiva dos do Quim Zé, criava dificuldades que até ao momento os sem colete não haviam experimentado, e após a igualdade, com lances de bom entendimento, conseguem a vantagem de dois golos.

Com 4-2 favorável aos de colete, pensava-se que se iriam alterar os esquemas tácticos, mas tal não foi necessário, pois de novo a igualdade surge no marcador, com os homens do Miguel a aproveitar duas das poucas oportunidades que tiveram para marcar durante todo o jogo.

Neste período bastante equilibrado, coube aos sem colete esbanjar duas oportunidades de golo flagrantes, com o Lineu a realizar mais um belo jogo, numa delas a enviar a bola ao travessão da baliza dos do Quim Zé.

Sem marcar, e com a igualdade no marcador, a equipa do Miguel começa a dar sinais de que a capacidade física não iria acompanhar o esquema táctico, e começamos a assistir a muitos espaços, e à troca de bola dos de colete a encontrar jogadores livres de marcação.

Já sem a sobriedade do início de jogo, a equipa do Miguel atravessava um período em que não conseguia trocar a bola, cometendo bastantes erros de passe, e dando a posse aos seus adversários, que lançando contra-ataques, abriam já algumas brechas na defesa contrária.

Muito bem a equipa do Quim Zé, a nunca entrar no facilitismo dos cruzamentos para a área, promovendo a circulação de bola na fase mais complicada do desafio, que terá contribuído para o acentuar do desgaste físico dos seus adversários.

O destino de jogo terá ficado sentenciado, quando por defeito de material, o Miguel se vê obrigado abandonar o desafio, ficando as duas equipa a jogar 6X6. Com mais espaço, a capacidade física dos de colete veio definitivamente ao de cima, e os do Miguel, sem as marcações impiedosas do início de jogo, e com o Jaime já a “dar as ultimas”, pouco perigo criavam, e concediam contra-ataques com superioridade numérica do adversário.

Foi sem surpresa que o resultado chegou ao 6-4 e foi selado pelo Fão com um golo de belo efeito, que o Miguel, já em substituição do lesionado Orlando (que abandona o Sintético dos Astros com mais três “ratas”) quase fazia a defesa da tarde.

Resultado final de 7-4 favorável à equipa do Quim Zé.

Em dia a que se assistiu a uma equipa, que assumindo o favoritismo teórico do adversário, montou uma estratégia ultra-defensiva, que funcionando enquanto houve capacidade física, ruiu com o avançar do tempo no relógio.
Boa reacção da equipa do Quim Zé ao esquema ultra-defensivo dos do Miguel, que seguros da sua capacidade, apesar do resultado negativo inicial, souberam manter a cabeça fria, não perder o controle e esperar pela altura certa para decidir o desafio a seu favor, optando sempre pela posse de bola para desgastar os seus adversários.
Resultado final justo em dia de futebol pouco espectacular e com poucas oportunidades de golo.

Momento do Jogo: Num dia em que a inspiração não acompanhou os artistas no campo, o ambiente de boa disposição estava ao rubro no balneário. Após a indicação para finalizar o encontro ter sido recebida por alguns jogadores com desagrado (para outros terá sido uma benção, dado o calor que estava) devido ao atraso do reponsável pelas instalações, e no decurso da troca de argumentos com o responsável do campo, o Ricardo Lineu ainda descontente com a situação, pergunta pelo outro funcionário da seguinte forma:
- Então e o Manuel dos Óculos? Risada geral, pois o "Manuel" estava a vestir-se atrás dele... a cena deu tema para o fim-de-semana e teve seguidores...

Man of The matchPrémio a ser decidido por votação on-line
Prémio bacalhauHélder João

Boletim Clínico:
Nuno Bento – Recuperado. Regressa na próxima semana.
Ribeirinho – Já na fase final de recuperação à várias semanas. Em tratamento com um homeopata, preve-se o seu regresso para a próxima jornada.
To-Zé - O teste da flexibilidade provou que se dobra mais que muito boa gente que para aí anda. A sua ausência deve-se a um problema psicológico que teima em não ultrapassar. A rever nos próximos dias.
Nuno Silva – Continua o calvário da sua recuperação. O seu joelho voltou a inchar nos ultimos dias dado o trabalho a que tem sido sujeito.

Até para a semana

sexta-feira, maio 06, 2005

Forum de "discussão" sobre o titulo de Campeão Nacional de Futebol

Com o cariz dinâmico e aberto à troca de ideias que o Nucleo já ostenta, informam-se todos os amantes do desporto-rei em geral, (participantes ou não no campeonato do NAB) e em particular adeptos dos directamente envolvidos na luta pelo titulo de campeão da 1ª liga de futebol, que após a jornada 32, o Calcio di NAB irá abrir, excepcionalmete, na próxima Quarta-feira dia 11 de Maio, um forum de discussão neste espaço sobre esta matéria, caso se verifique a seguinte condição:
  • Resultados que permitam a transferência da decisão de campeão para as ultimas jornadas, e em particular, para o escaldante SLB-SCP, no qual o FCP é também um espectador muito interessado.

Irá ser publicado 1 texto de um adepto representativo de cada clube envolvido na luta pelo titulo, que de forma sucinta e objectiva irá tentar espelhar a época do seu clube e a sua candidatura final ao titulo. Os textos serão assim, a base inicial para o forum.

Peço desculpa pelo despotismo, mas os convites aos adeptos que irão publicar os textos, irão ser feitos pelo Regista.

Assim, o Post sobre o jogo do próximo fim-de-semana terá o seu fim na terça-feira dia 10 de Maio.

Entretanto, o Post do passado Sábado, continua em vigor e aberto a comentários.

NDR- Parabéns ao SCP pela brilhante qualificação para a final da taça UEFA.

Este Post não tem "comments"


domingo, maio 01, 2005

A sorte protege os "audazes"

Após as emoções da superliga do passado fim de semana e mais uma participação sportinguista na Taça UEfA, regressou o empolgante campeonato do NAB, com a disputa da 5ª jornada no Sintético dos Astros, que contou desta vez com a presença de olheiros “espanhóis”, na esperança de recrutar algumas das magnificas estrelas que reluzem no nosso competitivo campeonato.
A meteorologia brindou-nos com muito calor, a dar um cheirinho do que poderá vir a ser um final de época sufocante.

A convocatória contou uma vez mais com o Mané, com pouco sucesso em Espanha, e a tentar relançar a carreira futebolística no nosso país. Baixa de ultima hora para o Miguel Oliveira, que em apoio à sua companheira, não pode dar o seu contributo na manhã de hoje (Sábado).

Com o regresso ao formato dos dois guarda-redes, os capitães de equipa, Lineu e Luís Nuno, este a não cumprir na plenitude as suas funções, escolheram as seguintes constituições:

De Colete a atacar para o lado da escola: Orlando na baliza, Luís Nuno, João Rodrigues, Marco Sousa, Pedro Monteiro e Quim Zé.

Sem colete atacando para o lado das árvores: Guarda-redes Abilio, Pedro Oliveira, Lineu, Mané, Paulo Fão, Pupu e Hélder João.

Com tácticas bastantes diferentes, as equipas dispuseram-se da seguinte forma:

Os do Luís Nuno, apresentaram o Orlando na baliza, uma constituição clássica de três defesas (Luís Nuno, Marco e João) e dois jogadores mais avançados no terreno (Pedro Monteiro e Quim Zé).

Os do Lineu, mais inovadores e audaciosos, dispunham o Abilio na baliza, o Lineu e o Pedro (este mais fixo) na defesa, o Mané e o Fão a alternarem na ajuda defensiva e o Pupu na frente. No banco dos suplentes o Hélder João, que se integrou com facilidade nas funções que foi ocupando no campo.
Óptima gestão das substituições dos sem colete, que nunca acusaram as mexidas que invariavelmente tinham que fazer.

O início de jogo foi tirado a papel químico da semana passada, quando o Quim Zé, muito rápido, aproveita um desentendimento do Abilio e seus defesas, para endossar a bola ao Marco e este a fazer com facilidade o 1-0 a favor dos de colete.

Quando se pensava que este lance poderia de alguma forma perturbar os comandados do Lineu, e lançar os contrários para uma vitória fácil, surge o empate num remate esquisito, serenando os sem colete, que aproveitando a maré sortuda, se colocam em vantagem logo de seguida, com outro golo pouco habitual em jogos deste calibre.

Nesta altura o jogo estava repartido e o resultado equilibrado, sempre empatado até ao 4-4, com os de colete a fazer valer as acções individuais, e os do Lineu, constantemente a serem bafejados pela sorte, aproveitando lances fortuitos para concretizar.

No entanto, notava-se já uma certa desorganização defensiva dos homens do Luís Nuno, que deixando sempre muito espaço entre os defesas e os avançados, concediam capacidade de manobra ao Mané para organizar o ataque e criar lances de perigo, contando sempre com a mobilidade do Lineu e do Hélder João. Muito bem tacticamente o Mané e o Paulo Fão que surpreendeu pela capacidade física que apresentou durante todo o jogo.

Num ápice, de 4-4 o resultado aumenta para 7-4 a favor dos sem colete, com estes a aproveitar más entregas de bola no contra-ataque dos adversários, e na resposta, em jogadas rápidas, coloca-la no fundo das redes do Orlando, que em manhã de poucas defesas (incrível como é batido vezes sem conta com bolas por baixo das pernas), ficou aquém do que já lhe vimos fazer, e a anos-luz do seu opositor na baliza contrária.

Fizeram ainda os de colete uma mexida táctica, com o Marco, finalmente a perceber que poderia fazer mais que defender, e explorar todo o corredor direito, criando bastantes situações de perigo e levar o resultado para um incerto 8-6.
Com o jogo “aberto”, os sem colete, beneficiando de uma falta, cuja marcação gerou algumas dúvidas da sua legalidade, o Mané faz o 9-6, e praticamente sentencia o desafio.

Com o avolumar da diferença no marcador, coube aos de colete tentar o impossível, com jogadas de pouca imaginação e a revelar pouco entrosamento, numa altura em que o esforço físico já se fazia sentir na equipa.
O Quim Zé, esgotado, não conseguia fazer o vai e vem, e o Pedro Monteiro bastante distante do jogador de inicio de época, errava muitos passes e não conseguia fazer as suas habituais triangulações. Restava a abnegação e vontade do João e Luís Nuno para lançar lances na frente, mas que normalmente resultavam infrutíferos.

Muito bem os homens do Lineu, que colocando o Pupu bem aberto na frente, alargavam o espaço de jogo, e fazendo circular a bola, desgastavam os adversários e conseguiam encontrar sempre um jogador livre para criar perigo e ampliar a vantagem.
Contando na defesa com um insuperável Pedro Oliveira, (que só perde na corrida do “Man of the Match” para um Lineu goleador) controlavam o jogo e mantinham os de colete longe da baliza do Abilio, que só se esforçava para desfazer a pontapé lances de contra-ataque e remates fracos de cabeça do João Rodrigues na marcação de cantos.

Tempo ainda para um belíssimo remate intencional do Hélder João que de fora da área e em jeito leva a bola a bater no ângulo da baliza do estático Orlando.

Num jogo onde a sorte inicial dos sem colete manteve o jogo equilibrado, a sua inteligência pela forma como souberam mandar no jogo na fase decisiva, resolveu as coisas a seu favor, e castiga os do Luís Nuno por não terem conseguido encontrar antídoto para a maior mobilidade contrária.

Uma referência ao Lineu, considerado o homem do jogo, marcou tudo o que havia para marcar, perdendo a conta de quantos foram (terão sido 6 ou 7) deixando certamente más recordações ao Orlando.
Resultado final de 13-6 a favor da equipa do Lineu.

Momento do jogo: Numa fase do desafio onde o resultado era ainda equilibrado, após uma infracção do João Rodrigues, que ingenuamente entrega a bola ao Hélder João, este a fazer lembrar um Louletano-Porto de à uns anos, marca a falta rápido e à margem das leis, com o esférico em andamento, endossando-o ao Mané, que cara-a-cara com o Orlando faz o mais fácil.
Lance duvidoso que merecia uma análise detalhada dos comentaristas da nossa praça.


Man of the MatchRicardo Lineu
Prémio “Bacalhau”Não foi atribuído por falta de “exemplares” de qualidade.

Boletim Clínico
Nuno Silva – Continua aos cuidados do Serralheiro Zacarias. Em fase de recuperação com sessões diárias de fisioterapia.
Nuno Bento – Após tratamentos em Houston, foi transferido para New York, onde terminará a sua fase de recuperação da ruptura muscular na coxa.
Ribeirinho - Quando estava dado como apto, teve uma recaída e por precaução só deverá voltar na próxima semana.
To zé – Prevê-se o seu regresso aos relvados para o próximo campeonato. A sua lesão é do foro psicológico e está a ser acompanhado pelos psicólogos do Núcleo, com vista a conseguir que ultrapasse os seus receios de jogar. Após esta fase terá um longo trabalho de recuperação física.

Classificação após a 5ª Jornada


Até para a semana

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