segunda-feira, outubro 31, 2005

Decidir cedo para poupar esforços.

A 5ª jornada da Liga betadine, jogou-se uma vez mais com a complacência de S. Pedro, que poupou os astros à chuvada que se vinha anunciando. O relvado apresentou-se em bom estado, e a únicas notas negativas terão sido as faltas do Paulo Fão e do Bruno, que se arriscam agora à mão pesada do Orgão Disciplinar da Liga.

Uma vez mais encontrados sob a forma de sorteio, os capitães Quim Zé e Hélder João escolheram as seguintes equipas:

Equipa do Quim Zé, de colete:
Na baliza Orlando, na defesa, Miguel Oliveira na direita, Pedro Oliveira ao centro e João Rodrigues, regressado após licença de casamento, a ocupar o lugar na esquerda. No meio-campo, Pedro Monteiro e Quim Zé, e na frente, face á ausência de Bruno, o adaptado Cajó. No banco de suplentes, João Leitão.

Equipa do Hélder João:
De início com o próprio a ocupar o lugar de guarda-redes, onde se manteve a maior parte do tempo de jogo. Na direita da defesa, Pedro Abel, ao centro Marco Sousa e na esquerda Lineu. Para o meio-campo avançou Nuno Coelho, onde fez parceria com Ribeirinho, e na frente, Pupu. A ausência de Fão obrigou a sua equipa a um esforço suplementar de não fazer substituições.

O jogo que de véspera se previa equilibrado, começou com a equipa do Hélder João a sobrepor-se categoricamente aos seus adversários, inaugurando o marcador muito cedo, com um golo do Ribeirinho em remate de fora da área, sem hipóteses para o guarda-redes Orlando. Se no primeiro golo nada podia fazer, o mesmo Orlando não fica isento de culpas nos 2 golos seguintes, que com pouco tempo de jogo davam já uma vantagem de 3-0 aos do Hélder João.
A supremacia dos comandados do Hélder João era inequívoca, decorrendo de uma boa circulação de bola a meio-campo, e contando com as subidas a preceito dos dois laterais, que de forma alternada, acompanhavam o seu ataque.
Os do Quim Zé, não se entendiam nas marcações e o meio-campo não acompanhava o ritmo adversário, tentando uma mexida táctica, com a troca entre o Cajó e o Quim Zé, mas as alterações pouco efeito produziram, pois continuando a carregar, os do Hélder João acentuam a diferença no marcador com a obtenção de mais dois golos colocando o resultado num pouco habitual 5-0 quando estavam jogados cerca de 25 minutos de jogo.
Com esta diferença no marcador, o Pedro avança no terreno, numa decisão da sua inteira responsabilidade, que poderia ter saído ainda mais caro à sua equipa, obrigando os seus colegas a soluções tácticas pontuais para colmatar a sua ausência no sector que lhe estava destinado.

No entanto, este facto não foi aproveitado pelos do Hélder João, que diminuem o ritmo de jogo, e de forma inexplicável se remetem à sua defensiva, permitindo que o jogo ganhe nova tendência, e os seus adversários inaugurem o marcador na sequencia de uma bela jogada, finalizada pelo agora avançado Pedro Oliveira.

Talvez persentindo o perigo, os do Hélder João recolocam a vantagem em 6-1 com um golo do Nuno Coelho, num movimento á ponta-de-lança, iludindo o Miguel e fazendo funcionar mais uma vez o marcador.

Com o destino de jogo quase traçado, com os do Hélder João remetidos á sua defesa, os do Quim Zé, uma vez mais a ter de sair lesionado, continuam na busca do resultado, que paulatinamente vão conseguindo reduzir, até a um perigoso 6-4, que obriga os seus adversários a redobradas atenções.

A diferença de 2 golos teimou em persistir no marcador até ao ultimo minuto, altura em que o Pedro Abel coloca ponto final no jogo com a a obtenção do 7-4, favorável à equipa do Hélder João.

Jogo de fraco nível, nem sempre bem jogado, onde o arranque fulgurante da equipa do Hélder João permitiu a poupança de esforços e do resultado, controlando no marcador, a gestão do jogo. Podem os do Quim Zé queixar-se pela ausência do Bruno, que muito condicionou a actuação da sua equipa.

Análise individual:
Equipa do Quim Zé

Orlando – Não está bem. A quantidade de erros que acumula nos jogos, e a forma como desmoraliza, é um problema para a sua equipa.
Miguel Oliveira – Andou completamente à deriva na pior fase da sua equipa. Se a defender deu muitos espaços, no ataque tentou jogar largo, quando se impunha a redução de espaços.
Pedro Oliveira – A defender não escapou ao marasmo geral, e com o resultado de 5-0 assumiu o risco de se tornar avançado, sem preocupações ao nível da equipa. Esta atitude passou incólume, pois daí não resultaram males maiores, permitindo-lhe inclusive a obtenção de 3 golos.
João Rodrigues – Terá sido dos defesas o que menos errou. Não conseguiu libertar-se para o ataque, revelando sempre mais preocupações em compensar os espaços no seu sector.
Pedro Monteiro – O melhor da sua equipa. Quando conseguiu mais espaços no meio-campo, carregou a sua equipa para a frente, aproveitando os arranques, decorrentes do 1X1.
Quim Zé – Mais uma lesão, desta vez no joelho, que o obrigou a sair à meia hora, estando ausente do melhor período da sua equipa. No tempo em que esteve em campo, passou despercebido, não compensando nas marcações, e perdendo a luta do meio-campo para os adversários.
Cajó – Começou na frente, numa posição pouco habitual, sentindo-se como peixe fora de água. Com ajustes tácticos, recuou para médio, e depois fixou-se ainda mais atrás, onde ajudou a empurrar a sua equipa para a frente.
João Leitão – Jogou entre o meio-campo e a linha avançada, conseguindo pormenores de grande qualidade técnica, muito bonitos, mas pouco eficazes. Não conseguiu fazer uma circulação rápida da bola, e foi pouco expedito na altura do remate.

Equipa do Hélder João
Helder João– Como capitão assumiu jogar a maior parte do tempo onde ninguém gosta, na baliza. Cumpriu a preceito, realizando um bom jogo. À excepção do exagero de tempo na reposição da bola em jogo, não teve reparos
Pedro Abel – Mais um bom jogo do Abel. Marcou o último golo, como corolário de uma exibição muito segura, dando todas as garantias defensivas e encontrando ainda o tempo exacto para subir no terreno.
Marco Sousa – Um jogo calmo, pois na maioria do tempo não teve adversário directo, libertando-se para acorrer ás dobras.
Ricardo Lineu – O que se disse do Abel, serve na perfeição ao Ricardo, pois os dois laterais da equipa fizeram um jogo quase perfeito.
Nuno Coelho – Muito bem na fase inicial, onde a dupla com o seu colega de linha média foi superior aos adversários. Marcou um belo golo, mas foi dos principais culpados pelo recuo da sua equipa, fixando-se junto à sua defesa, quando o resultado já “estava feito”.
Ribeirinho – Mais um grande jogo. À semelhança do Nuno Coelho, o seu inicio de jogo foi determinante na obtenção do resultado, pois foi dos que mais lutou. Foi o marcador do primeiro golo, numa altura em que a sua acção já era decisiva a meio-campo.
Pupu – Jogando sem posição fixa na frente, descaiu para a direita, tentando abrir espaços para a entrada dos médios. Conseguiu realizar um bom jogo, esclarecido ao saber quando segurar a bola ou partir para a tentativa do 1X1.

Momento do jogo
Pelo peso que teve no desenrolar da partida, o inicio fulgurante da equipa do Hélder João.
No entanto um destaque ao João Leitão pelo “nó” que “aplicou” ao seu adversário Ricardo Lineu, fazendo lembrar o saudoso Chalana nos seus melhores momentos.

Nota negativa
Ao Hélder João e ao João Rodrigues, pois uma troca de palavras como a de Sábado, já não se usa nesta Liga!!!

Comunicado da Comissão Disciplinar da Liga Betadine
A “Comissão da Liga Betadine” decidiu instaurar aos atletas Paulo Fão e Bruno um “Sumaríssimo” que resulta em um jogo de castigo. No entanto, este castigo terá pena suspensa e pagamento de “coima” no valor de uma rodada a cada um dos atletas, devendo a mesma ser paga no próximo jogo, no local do costume.

O mais importante!!!

Ficou decidido pela maioria dos presentes na 3ª parte dojogo de Sábado, que o almoço referente ao campeonato passado se realizará no próximo Sábado, dia 5 de Novembro, esperando-se a presença de todos.

O programa das festas será o seguinte:

10.15 Horas – Concentração no sintético dos astros para a realização da 6ª jornada.
10.30-11.30 Horas – Jogo da 6ª Jornada da Liga Betadine.
11.30-12.00 horas – banhos e massagens (meia hora deve chegar para o Lineu tomar banho)
12.45 horas – Concentração em restaurante a anunciar para o almoço.
13.00 - ??? – Almoço, confraternização e entrega de prémios relativos ao último campeonato.


Até para a semana.

domingo, outubro 23, 2005

É PRECISO ACREDITAR !!!

No arranque da 4ª jornada da Liga Betadine, pairou sempre a ameaça de chuva num relvado que resistiu perfeitamente ao dilúvio que caiu até poucas horas antes de mais este embate. O que é certo é que S. Pedro deu tréguas e não houve precipitação durante a hora do jogo.

Sob o comando dos capitães Cajó (de colete) e Pupu, as equipas dividiram-se respectivamente da seguinte forma:



O jogo iniciou-se numa toada bastante morna em que parecia evidente que as contendas eternizavam o estudo mútuo. Esta fase ter-se-á arrastado tempo de mais, não havendo grandes motivos de parte a parte para grandes feitos.
É então que surge o caricato golo da equipa de Cajó, que através de uma bola bombeada para a área por Fão e que se dirigia de forma inofensiva para o guarda-redes Pupu, este confiando no seu golpe de vista (algo enferrujado, diga-se) encolhe-se e deixa a bola passar-lhe a um palmo da cabeça. Estava aberto o activo, numa fase em que ambas as equipas não justificavam grande coisa.

A equipa de Pupu chega ao empate através de um canto – bola tensa batida por Lineu e Jaime inexplicavelmente livre de marcação, faz aquilo que sempre nos habituou, facturando com uma boa cabeçada.

Aproveitando um período de alguma desconcentração defensiva da equipa de Pupu, Hélder João, na sequência de uma boa abertura do Cajó, faz o 2-1 numa jogada em apoio pela faixa central. O 3-1 surge numa falha de Lineu numa tentativa de saída rápida para contra-ataque, perdendo a bola para o Nuno Coelho, permite que a equipa de Cajó aumente o “score” a seu favor.

Atingimos então o momento do jogo, em que tudo era possível – ou a equipa de Pupu se abre na tentativa desesperada de diminuir o prejuízo e a equipa de Cajó, aproveita, através dos homens que sistematicamente deixava na frente para ampliar de forma irreversível a vantagem, ou os homens de Pupu tentavam alhear-se do resultado negativo e jogavam o jogo pelo jogo, sem dar grandes trunfos ao adversário.

Nesta fase começa a constatar-se algo que iria contribuir para o desfecho do mesmo – a lesão de Nuno Bento e mais tarde de Cajó – vão ser limitações determinantes na forma como a equipa dos de colete se começa a “desligar” dentro de campo.

Assim, a equipa de Pupu, que nunca descurou a sua defesa mesmo em posse de bola, usufruiu, e de que maneira, de um Jaime inspirado e generoso, tendo nesta fase marcado e assistido. A equipa de Pupu, consegue chegar ao empate a 3, conseguindo pouco de pois fazer o 3-4 através de um bom golo em rotação de Jaime.

Nesta fase do jogo, a equipa de Cajó parecia um pouco perdida e algo”desligada” entre os vários sectores do campo, onde, por exemplo foi visível, as autenticas “avenidas” que foram abertas para Pedro Abel passar na faixa direita, fazendo mesmo mais um golo, num lance com quase nenhuma oposição e acentuando o desnível no resultado que acabaria num 3-7 final, para a equipa de Pupu.

Em suma, o mérito da equipa de Pupu, esteve no facto de ter acreditado sempre que era possível recuperar de um resultado negativo, sem nunca perder o seu equilíbrio dentro do campo.
Por outro lado lamentar o azar da equipa dos de colete que se viu limitada com as saídas de Nuno Bento e posteriormente de Cajó, ambos por problemas físicos. De referir, igualmente, que o sempre inconformado Quim-Zé, que tentou sempre empurrar a sua equipa para a frente, ficou muito limitado depois de um “arrepiante” choque com Ribeirinho, que possivelmente pelo estado molhado da relva terá deslizado de mais num carrinho junto à lateral tendo varrido autenticamente as pernas de Quim-Zé deixando-o em muito mau estado, o que não o impediu de regressar ao jogo, tentando, dentro das suas limitações físicas, ajudar ao máximo a sua equipa, num exemplo de abnegação e sacrifício.
O resultado de 3-7 sorriu àqueles que terão sido mais equilibrados como equipa, nunca perdendo a noção de conjunto, em contradição com os seus adversários que, possivelmente, pelos factores citados, patentearam uma fragmentação da equipa, parecendo a certa altura uma equipa algo partida no campo.

Analise individual:

Jogadores do Cajó

Abilio – Regressou com um visual estilo Mlynarczyk, que o inspiravam para “altos voos”. Poucas responsabilidades nos golos sofridos, sai do sintético com uma derrota pesada com a qual não contaria.
Cajó – Continua em crescendo, e apresentou-se bem no início de jogo. A sua saída por lesão ou cansaço físico provocou desequilíbrios na sua equipa.
Marco Sousa – A sua actuação estava a ser muito sóbria até ter dado quilómetros ao Jaime para o golo do empate. O seu adversário directo foi decisivo no jogo, pela que a sua exibição fica directamente ligada a esse facto.
Paulo Fão – Começou bem o jogo, marcando um golo. Foi dos mais inconformados, tentando motivar os colegas.
Nuno Bento – Era o médio centro e a organização e compensações passariam muito por ele, mas mais uma vez, uma lesão madrugadora impediu-o de dar o seu contributo. Estará com excesso de carga física?
Quim Zé – Era outro dos médios a quem cabia a batalha do meio campo. Estava a fazer um jogo discreto até ser colocado fora de combate. Acabou o jogo em grandes dificuldades.
Hélder João – Passou ao lado do jogo. Na melhor fase da sua equipa ainda conseguiu marcar, mas esteve longe do seu melhor.
Nuno Coelho – Vinha da eleição de MOM, e demonstrou em campo que está numa boa fase. Na parte final, na tentativa de recuperar no marcador, avançou no terreno, não recuperando, o que ajudou ainda mais a quebrar a sua equipa.
João Leitão – Jogo para esquecer. Nada lhe saiu bem. O longo tempo de paragem marcou pela negativa o seu regresso.


Equipa do Pupu

Pupu - Começou na baliza, tendo ficado negativamente marcado pelo estranho golo que “ofereceu”. Ofensivamente, um pouco melhor que em jogos anteriores, mas sabemos que pode ser ainda melhor.
Pedro Abel – Nunca se perdeu no campo, interiorizou que a prioridade seria fechar o seu flanco e cumpriu na perfeição. Com o avançar do tempo, aproveitou a ausência de adversários do seu lado para atacar de forma segura e consistente, marcando mesmo um dos últimos golos da equipa.
Pedro Oliveira – Denotou, inicialmente, falta de segurança ao nível do passe, o que não lhe terá transmitido a confiança pretendida, de qualquer forma esteve sempre muito certo no seu posicionamento defensivo, numa altura em que a equipa não podia deixar de atacar, sem perder o seu equilíbrio.
Lineu – Mais sóbrio do que o normal, o que terá também sido determinante para a segurança da equipa. Atacou pela certa e com rapidez como é seu timbre. Pena aquele erro numa saída em contra-ataque que deu, na altura, o 3-1 para os adversários. Mas no computo geral, uma actuação muito completa no flanco esquerdo.
Ribeirinho – Foi o médio com mais preocupações defensivas, terá sido a referência da equipa na ligação entre sectores, jogou sempre todas as bolas com destemor, o que evidencia a sua actual grande confiança nos seus indicadores físicos, o que se saúda. Não foi tão ofensivo como em outros jogos, mas até aí foi inteligente, porque sentiu que havia lá boa gente para resolver. Pena estar no lance que originou a limitação de Quim-Zé, mas são coisas que acontecem.
Bruno – Exemplo de plena integração. Jogou à vontade ao lado de Ribeirinho no meio campo, com total noção das suas tarefas, tendo dado muita ajuda na primeira barreira defensiva e muita velocidade nas transições para o ataque, nunca perdendo a clarividência, e apoiando sempre que possível o avançado de serviço.
Jaime – O homem desta vez resolveu e de que maneira. Uma mão cheia de golos e assistências, em suma; Decisivo. Pareceu bastante confiante nas suas acções o que se saúda. Se o golo é o sal e a pimenta do jogo, o Jaime temperou-o de forma marcante.
Pedro Monteiro – Começou de fora, mas entrou bem, dando velocidade nas transições e tentou muitas vezes chegar junto ao avançado para criar situações de superioridade na área adversária. Foi muito importante na fase em que a equipa se encontrava a perder tendo inclusivamente marcado um importante golo nesta fase. Esteve concentrado no seu papel defensivo.


Momento do jogo:
Pelo seu simbolismo o “2-3”, acima de tudo porque a grande questão era saber se os de colete iam abrir o fosso e chegar ao 4-1 ou, pelo contrário, o adversário ainda vinha a tempo de “entrar” no jogo. E o 2-3 foi o primeiro de uma série de 6 golos sem resposta.

Até para a semana!

domingo, outubro 16, 2005

"Quem não mata, morre"

A Liga Betadine realizou no Sábado dia 15 a sua terceira jornada que poucas mexidas trouxe à classificação geral. Num dia em que o sol deu tréguas, e permitiu que a temperatura baixasse para valores ideais para a prática do futebol, e com o relvado optimamente tratado, reuniram-se todas as condições para um excelente jogo de futebol.

Brindando o regresso à competição do Paulo Fão e do campeão em título Pedro Monteiro, as equipas entregaram-se a um jogo emocionante e de resultado incerto até ao apito final, elevando o ritmo de jogo e a tensão até aos limites.

Com os capitães Hélder João e Jaime na escolha das equipas, estes ditaram os seguintes alinhamentos:

De colete: Orlando, Quim Zé, Cajó, Paulo Fão, Nuno Bento, Jaime, Pupu e Pedro Monteiro
Sem colete: Hélder João, Nuno Coelho, Marco, Lineu, Ribeirinho, Pedro Oliveira, Bruno e Miguel Oliveira.

Em equipas em que as características dos jogadores davam excesso de avançados na do Jaime, e de jogadores de cariz marcadamente defensivo na do Hélder João, a expectativa incidia em como se iriam apresentaram as adaptações dos jogadores aos esquemas tácticos impostos pelos capitães.

A equipa do Jaime fez recuar o Quim Zé para o centro da defesa, fazendo tripla com o Paulo Fão e o Cajó, o Jaime para o meio campo ao lado do Bento e o Pupu na frente. De reserva deixou o Pedro Monteiro.
A equipa do Hélder João começava com o próprio na baliza, o Marco Sousa ao centro de uma defesa que tinha Nuno Coelho na direita e Lineu na esquerda. No meio campo Ribeirinho e Pedro Oliveira, e na frente o Bruno. Miguel Oliveira iniciava a partida fazendo companhia ao Nuno Silva nas voltas e voltas ao recinto de jogo.

Feitas as adaptações necessárias, iniciou-se a partida com sinal mais para a equipa do Hélder João. Com melhor circulação de bola, o Pedro Oliveira e o Ribeirinho superiorizavam-se à dupla contrária, permitindo que os seus alas (com o Lineu á cabeça) subissem muito no terreno e visassem a baliza do Orlando.

E foi precisamente num destes lances que o electrizante Lineu inaugurou o marcador, na sequência de um pontapé em arco de fora da área, colocando a bola no ângulo esquerdo da baliza do Orlando.
Sem surpresa o que acontecia no terreno de jogo, pois a equipa do Hélder João foi a que mais rapidamente entrou no jogo, e os seus jogadores melhor se encaixavam.
Assim, rapidamente se chegou ao 2-0, com o capitão, já a jogar na frente, a dizer que sim a um canto do Miguel, desta vez com o Orlando a não ficar isento de culpas.

Com 2 golos de desvantagem a equipa do Jaime opera mexidas no xadrez táctico e faz recuar o Pupu para defesa esquerdo, colocando o Pedro Monteiro na companhia do Bento e fazendo avançar o Jaime para ponta-de-lança.
Com esta mexida, inverte a tendência de jogo e coloca mais pressão na defesa contrária, conseguindo quase em simultâneo a redução no marcador, na sequência de uma bela jogada de entendimento permitindo que o Paulo Fão aparecesse na esquerda livre de marcação a rematar de primeira.

Quando se pensava que este golo iria catapultar a equipa de colete para a busca do resultado, o jogo entra numa toada morna, fruto da anulação dos dois meios - campos, e da falta de desequilíbrios de jogadores, que se entregavam à marcação aos seus adversários de forma impiedosa.

E foi numa jogada praticamente inofensiva, e de superioridade da defesa de colete, que os do Hélder João conseguem o 3-1, numa jogada na esquerda em que o Ribeirinho consegue encontrar o Bruno sozinho no meio da área para facilmente bater o estático Orlando.

Este golo criou mais mexidas na equipa do Jaime, trocando o Nuno Bento com o Quim Zé, e fazendo o Pedro Monteiro assumir o meio campo. Também a equipa do Hélder João fazia mexidas, essencialmente devido à dança dos guarda-redes, que neste particular, teve dificuldade em encontrar voluntários.

Com o sentido de jogo a pender claramente para a baliza do agora guarda-redes Marco Sousa, os do Jaime conseguem reduzir para 3-2 com culpas para o guardiã, para logo de seguida conseguirem o empate na sequencia de uma jogada de insistência em que o Paulo Fão se embrulha com o Marco Sousa e a bola, entrando todos pela baliza.

Estava o jogo empatado, mas a tendência pendia claramente para os do Jaime, sem que os contrários conseguissem trocar a bola e assumir o controle das operações. A bola não saia jogavel, e a movimentação que permitiria a circulação de bola não aconteciam, sucedendo muitas vezes o recuso ao futebol directo, sem resultados, pois o avançado ou não conseguia segurar a bola ou quando o fazia não encontrava a quem entregá-la.

Mas no futebol, a velha máxima do “Quem não mata morre” está sempre presente.
As continuas falhas dos jogadores do Jaime, com ele próprio a encabeçar a lista dos “azarados”, não se aceitam em competição a este nível, e na tentativa de mais um ataque, o Paulo Fão perde a bola no 1X1 com o Miguel, e este coloca-a com um lançamento comprido na cabeça do isolado Nuno Coelho, que à saída extemporânea do Orlando lhe faz, de costas, um monumental chapéu, fazendo o 4º golo da sua equipa.

Até final da partida tempo ainda para mais um falhanço monumental da equipa do Jaime, que a ser concretizado, colocaria mais justiça no marcador.

No entanto, o futebol faz-se de eficácia, e neste pormenor foram mais eficazes os do Hélder João que souberam explanar a sua equipa na fase inicial, e sofrer para aguentar o mais possível o empate, que com uma pontinha de sorte, conseguiram somar mais três pontos.

Resultado final de 4-3 numa partida emotiva e de excelente propaganda à Liga Betadine

Avaliação individual:
Equipa do Jaime
Orlando – Está a atravessar uma fase difícil. As suas prestações estão invariavelmente ligadas pela negativa aos resultados das suas equipas. Nervoso e inseguro transmite para os seus companheiros um sentimento de insegurança na hora dos remates à sua baliza. Muito mal no lance que marcou o resultado final desta partida, ao sair da baliza quando nem se devia ter mexido.
CaJó – Está melhor o reforço “espanhol” da Liga. A bola já não “queima” e “pesa” menos, e vai-se soltando no 1X1. Ainda não chega para se exibir ao nível dos melhores, mas para lá caminha.
Quim Zé – Regressou à sua posição de formação e disso não se ressentiu. Jogou quase sempre nas dobras aos seus colegas, pois os adversários não lhe davam marcador directo. Com as mudanças tácticas e a lesão do Bento, avançou no terreno, onde tentou ser o principal apoio ao Jaime.
Paulo Fão – Um regresso que se saúda, e cheio de saúde. Bem na dupla função defesa-ataque, conseguiu dois golos e foi sempre dos mais inconformados. Na parte final quando se impunham as trocas de bola, exagerou nas fintas, originando contra-ataques perigosos, dos quais o que daria o golo da derrota.
Nuno Bento – Não esteve bem na linha média, não conseguindo libertar-se para o apoio ao ataque. Lesionou-se e recuou para central, onde esteve bem na marcação e na distribuição de jogo aos seus colegas.
Jaime – Enquanto foi médio, não se viu, pois as suas características não se adequam a tal posição. Na frente foi demasiado perdulário, falhando golos “feitos” e saindo do sintético dos Astros pela primeira vez sem facturar.
Pupu – Uma lição aos que o acusam de não saber defender. Começou como avançado, mas foi colocar-se como defesa com as mexidas tácticas, e aí esteve sempre bem numa missão de sacrifício à qual soube responder sempre com lucidez e eficácia.
Pedro Monteiro – Regresso titubeante e pouco esclarecido do campeão. Demorou a assumir o meio campo, e esteve muito mal a assistir os seus companheiros. Denota algum deficit físico e assim perde uma das suas principais armas. Não se pode atrasar na luta pela revalidação do título, pois a concorrência está muito forte.

Equipa do Hélder João:
Hélder João – Começou na baliza, num período onde não houve grandes oportunidades de golo. Quando avançou no terreno começou bem, com um golo, mas não conseguiu manter o nível e caiu a pique. Na altura de maior sufoco, não soube segurar a bola e coloca-la jogavel para os seus companheiros. Não foi o “farol” da sua equipa.
Nuno Coelho – Desta vez o “central” jogou como gosta, descaído para uma das faixas para avançar no terreno. Se o início não lhe trouxe problemas, começou a errar na marcação ao Jaime, concedendo-lhe muitos espaços. Na fase final também ele não conseguiu a circulação de bola desejável. Estava no sítio certo para conseguir “pentear” a bola para aquele golo de costas que deu a vitória à sua equipa.
Marco Sousa – Jogo duro para este jogador, que se entregou à luta do primeiro ao último minuto. Esteve muito tempo na baliza, e não está isento de culpas no segundo golo contrário. Na parte final, soube jogar feio e utilizar o “pontapé alto e comprido” para aliviar a pressão do seu sector.
Ricardo Lineu – Começou como um verdadeiro bombardeiro á baliza do Orlando, conseguindo um golo espectacular, e tornando-se uma ameaça constante com as suas “bombas”. A defender esteve muito bem, mas perdeu-se na parte final, numa fase em que a sua equipa não saía a jogar.
Miguel Oliveira – Tinha os olhos postos em si, e apareceu transfigurado em relação ao último jogo. Se fisicamente continua a cumprir, tacticamente esteve muito bem e particularmente numa missão que lhe é pouco habitual – na assistência para golos. Deu dois golos, um dos quais (o 4º) que marcaria decisivamente o desfecho da partida. Não foi o “caceteiro” de serviço, e isso valeu-lhe rasgados elogios e admiração por parte dos colegas.
Ribeirinho – Muito longe do jogador MVP do último jogo. A meio campo esteve apenas presente para anular os adversários, mas esteve totalmente ausente na altura de construir, e de funcionar como pivot na altura de maior aperto. Na baliza esteve muito bem, fazendo defesas importantes para impedir os seus adversários de ganhar vantagem no marcador.
Pedro Oliveira – Jogo razoável de um jogador que habitualmente é defesa, mas que também ele foi vitima do excesso de jogadores de posições mais recuadas. Não se intimidou e inicialmente como médio tentou dar profundidade ao futebol da sua equipa, procurando ser mais um avançado. Na fase final com as mexidas tácticas recuou e foi bastante útil na tranca da sua baliza.
Bruno
– Foi o avançado, e a sua mobilidade criou muitos problemas. Marcou um golo, em que foi mais rápido que os adversários, mas a sua capacidade física traiu-o e não lhe permitiu manter a mesma consistência ao longo de toda a partida, sendo um adversário fácil de marcar na fase final do jogo.

Momento do Jogo – Ainda na fase inicial, Ricardo Lineu, na sequencia de uma arrancada pela esquerda, deambula para dentro, tirando um adversário do caminho, e de pé direito, desfere uma bomba em arco ao canto superior esquerdo baliza do Orlando, não lhe permitindo qualquer reacção. Grande golo, de espectacular execução

Até para a semana

domingo, outubro 09, 2005

Jogo quente com explosão no balneário

Bela propraganda ao futebol, a hora de espectáculo que no passado sábado aconteceu no sintético dos Astros, na Ajuda.
Na segunda jornada da competitiva Liga Betadine, os jogadores avisados da fraca prestação da jornada anterior, entregaram-se a um belo jogo de futebol, em que a componente táctica foi determinante para encontrar o vencedor da contenda.

Com a temperatura do ar a dar algumas tréguas aos atletas, com o relvado a apresentar boas condições, e com um elenco de luxo que criou algumas dificuldades aos capitães nas escolha das equipas, o Helder João e o Miguel Oliveira ditaram os seguintes alinhamentos:

De colete a atacar para o lado da escola, os do Helder joão apresentaram a seguinte constituição:
Orlando na baliza, uma linha de três defesas, com o Quim Zé na direita, o Nuno Coelho ao centro e o Lineu na esquerda, o Helder João no meio e na frente o Pupu e o Jaime, cabendo ao Cajó o lugar de suplente.

Os do Miguel sem colete, apresentaram o Abilio na baliza, o Pedro Oliveira na direita, o Marco Sousa ao centro, e o Miguel Oliveira na esquerda. No meio o Miguel Martins e o Ribeirinho e mais na frente o Nuno Bento. De inicio no banco de suplentes, o Bruno, que á semelhança do Miguel Martins se encontram á experiência, na ânsia do preenchimento de vagas ainda em aberto no plantel do Calcio di NAB.

O inicio de jogo começou com um choque táctico entre duas filosofias de jogo antagónicas.
Os do Miguel Oliveira assentaram a sua base numa defesa e meio campo muito compactos, utilizando a mobilidade dos três do meio campo-frente para baralhar os contrários, enquanto os do Helder João adoptaram um estilo de jogo em função das caracteristicas dos seus atletas, fazendo recuar o Quim Zé para a direita, jogando com o Helder João sozinho no meio campo e dando a linha da frente a dois avançados - jaime e Pupu.

O resultado deste choque foi uma supremacia total dos do Miguel, que aproveitando a segurança do seu trio defensivo, que nunca dando espaços aos dois avançados, saiam com superioridade para a linha média, onde o Ribeirinho e o Miguel tinham espaços em demasia face ao isolado Helder João, que muito desacompanhado nunca foi obstáculo para os contrários. Os defesas dos de colete, tinham nesta fase inicial muitas dificuldades em jogar com as marcações, pois os seus avançados raramente marcaram os seus opositores, concedendo-lhes muitos espaços para atacar.

Assim foi sem surpresa que os do Miguel se adiantaram no marcador até ao 2-0, resultado justo para o que até então se passava dentro das quatro linhas.

Com cerca de 15 minutos de jogo, e com desvantagem no marcador, coincidindo com as substituições, os do Helder João com um ajuste táctico em que o CaJó entra para o lugar do Pupu (pouco activo, fruto de uma lesão nas costelas) e fixa-se na direita, permitindo a subida do Quim Zé para o meio campo em companhia ao até então desamparado Helder João, e jogando o Jaime sozinho na frente.

Esta alteração opera uma inversão no rumo do jogo, fazendo os do Miguel recuar no terreno, em busca da adaptação ao novo esquema táctico adversário, que criando forte pressão, obriga os contrários a errar passes e a não conseguir fazer circular a bola, fruto do distanciamento entre linhas.
Neste período os do Helder João encostaram os adversários á sua baliza, obrigando-os a muitas faltas ( da responsabilidade quase exclusiva do Miguel Oliveira, que impunemente foi fazendo falta atrás de falta, algumas delas bastante grosseiras) sendo escasso o resultado deste esforço, pois os do Miguel, operando ajustes pontuais, apenas permitiram a obtenção de um tento, na sequencia de um golo fortuíto.

No entanto o regresso ao sistema de 2 avançados operado novamente pela dança das substituições, bem como o acerto dos do Miguel, que fazendo recuar o Nuno Bento para a recepção de bola no meio campo, e utilizando muito bem a velocidade dos estreantes Miguel Martins e Bruno, cavam um fosso no marcador para 4-1, que ainda, em desespero e com muita sorte á mistura conseguiu ser reduzido até aos 4-3 pelos do Helder João que continuavam ainda a lutar.

Mas o destino do jogo estava já traçado, e os do Miguel, com frieza, aproveitando o desacerto do guarda redes e defesa contrária, sentenciam o jogo com golos de belo efeito dos estreantes, carimbados ainda com 2 golos de fora da área do Nuno Bento e do Ribeiro.

Pouco mais havia a fazer aos de colete senão tentar amenizar o resultado que se cifrou num pesado 9-4 final, castigando a ousadia táctica e premiando a lucidez e acerto geral dos do Miguel.

Fica registado o excelente acerto colectivo da equipa do Miguel, que com os seus atletas em bom plano, nunca concederam grandes veleidades aos do Helder João. Fica ainda o desafio táctico de jogar com dois avançados face a um esquema tradicional, situação que foi claramente falhada pela equipa de colete.

Apreciação individual.
equipa A
Orlando - Demonstrou sempre muito nervosismo e quase nunca foi obstaculo aos remates contrários. Duas ou tres defesas de elevado grau de dificuldade não chegam para camuflar a fraca exibição. "Explodiu" mais tarde, quando nada o fazia prever.
Quim Zé - Jogou inicialmente numa posição que não é a sua, e isso verificou-se nos espaços que concedeu. Subiu de rendimento quando jogou no meio campo, mas globalmente exibiu-se abaixo do que pode fazer.
Nuno Coelho - Terá sido dos que mais lutou. tentou empurrar a sua equipa para a frente, mas os muitos adversários que lhe apareceram, não lhe permitiram grandes veleidades.
Lineu - Outra exibição globalmente positiva. Não atacou tanto como gosta, mas esteve bem nas compensações defensivas.
Helder João - Foi a principal vitima do "suicidio" táctico da sua equipa. Jogando sozinho no meio campo, nunca encontrou capacidade para contrariar os adversários.
Jaime - Foi um dos avançados, mas era a ele que se pedia que recuasse mais, face á indisponibilidae do seu companheiro de sector. Não é talhado para estas funções e isso desiquilibrou muito a sua equipa. Na função de avançado, esteve sempre bem marcado, nunca encontrando espaços. O "desentendimento" no balneário era evitável.
Pupu - Jogou debilitado, e poderá ser essa a atenuante para a fraquíssima prestação. Não defendeu, tornando o seu corredor uma avenida, e no ataque pouco fez. Esperam-se rapidamente melhores dias.
Cajó - Não está ainda adaptado ao ritmo elevado desta liga, e essa situação verifica-se mesmo quando tenta o passe. A bola "pesa-lhe", mas tentou compensar com o recuo no terreno para compensações aos colegas.

Equipa B
Abilio - Esteve bem na baliza e a orientar os seus colegas. Sofreu golos estranhos, um dos quais com muitas culpas, mas superiorizou-se largamente ao colega de posição na equipa contrária.
Pedro Oliveira - Esteve bem na missão defensiva e subiu no terreno com segurança, permitindo-lhe a obtenção de um golo de cabeça. Manchou a sua exibição com um"passe de morte" para um adversário facturar.
Marco Sousa - Esteve essencialmente preocupado em defender, o que fez muito bem. Não cumpriu neste jogo a sua promessa de se tornar num dos melhores marcadores desta Liga. Bom jogo.
Miguel Oliveira - Tem vindo a subir o seu rendimento de jogo para jogo, terminando-os sem problemas fisicos. Se cumpriu a sua missão defensiva, descurou as subidas no terreno, num flanco que lhe foi totalmente aberto pelo seu adversário directo Pupu.
Se tacticamente a sua prestação foi positiva, disciplinarmente deverá ser alvo de reflexão, pois usou e abusou do recurso á falta, tornando as suas acções muito criticadas. A época do "passa a bola não passa o homem" já lá vai, e no futebol moderno, o constante recurso á falta é severamente punido. Começa a criar um mito directamente relacionado com um estilo muito praticado no passado em que os expoentes máximos terão sido Bastos, Barão, Álvaro e tantos outros...
Ribeirinho - Excelente exibição. Muito bem a encostar á sua defesa criando um bloco muito forte, e ainda na ajuda aos seus companheiros de sector no criar de superioridade. Fez circular a bola e ainda teve tempo para marcar.
Miguel Martins - Incio de jogo algo receoso com o peso de jogar nesta liga, mas foi-se libertando com o passar do tempo, tornando-se determinante , com a sua velocidade e boa condição fisica para os bons resultados da sua equipa. Marcou um grande golo e assistiu a preceito os seus colegas para outros tentos decisivos.
Nuno Bento - Outra boa exibição deste jogador, que sendo avançado, soube recuar para criar embaraços ás marcações adversárias. Foi determinante na forma como evoluiu entre a linha média e avançada .
Bruno - Outra boa estreia, deste jogador que surpreendeu com a sua velocidade e boa execução. Tem bons pés e apresenta-se em boa forma fisica.

Podium:



Momento do Jogo



Já quando alguns atletas tinham abandonado o complexo desporivo da Ajuda, e muitos outros tomavam o banho retemperador, eis que surge o inesperado:

11.49H - Orlando diz- Quem é que foi o estupido que desligou a água quente?
11.49 H - Ricardo Lineu está no banho.
11.49H - Abilio com receio de Orlando segreda-lhe - Foi o jaime!!!
11.50H - Orlando chama estupido a jaime indirectamente.
11.50H -
Jaime tem desabafo que apenas Ribeirinho consegue ouvir.
11.50 H-
Ribeirinho diz a Orlando que jaime lhe chamara "bidon"!!!
11.51 H- Orlando visivelmente transtornado chama directamente estupido a Jaime á frente de quem estava presente.
11.51 H- Ricardo Lineu continua no banho.
11.52 H- Jaime não aceita o insulto e confronta Orlando.
11.52 H- Orlando contrapôe e confronta igualmente Jaime.
11.52 H- O clima é agora pesado no balneário, e as vozes exaltadas dos contendores ecoam pelos corredores.
11.53 H - Orlando diz a jaime , gaguejando, que não venha para aqui com as suas frustações!!!
11.53 H - Ecoa um bruáaa na sala!!!
11.53 H -
Os presentes prevêem o "caldo entornado" e tentam por "água na fervura"
11.53 H - Ricardo Lineu continua no banho.
11.53 H -
Jaime avança para o Orlando e face-a face explica-lhe os seus motivos.
11.53 H -
Orlando pede desculpa, e diz que não chamou estupido a jaime.
11.54 H -
Jaime diz que Orlando lhe chamou estupido sim senhor.
11.54 H -
Ricardo Lineu continua no banho.
11.55 h - Jaime e Orlando continuam a travar-se de razões e Abilio e Ribeiro, catalizadores da situação observam.
Os restantes elementos observam igualmente.
São visiveis sorrisos.
11.55 H - Ricardo Lineu continua no banho.
11.57 H - Orlando abandona o balneário, na companhia de Abilio, e está visivelmente transtornado.
11.57 H - Jaime bastante calmo, brinca com a situação com os restantes elementos presentes.
11.58 H - Abilio tenta acalmar Orlando em vão, que abandona o recinto com cara de poucos amigos.
11.59 H - Ricardo Lineu tem o banho tomado e todos os atletas saem para umas refrescantes bejecas.


"No passa nada!!!"

Até para a semana

domingo, outubro 02, 2005

Inicio de campeonato morno

Começou a Liga Betadine.
No regresso da competição ao impecavelmente tratado sintético dos Astros, a primeira jornada do campeonato foi disputada sob calor intenso, a fazer lembrar o final da época passada.

Com a maioria dos jogadores a marcarem presença, sentiu-se a ausência do campeão, que começa a época sem defender o seu título, dando vantagem aos seus opositores, o que com o novo sistema de pontuação, poderá ser-lhe prejudicial.
De salientar os regressos de alguns atletas, entre eles, o do Miguel Oliveira, a sair de um calvário de lesões, e do CaJó, que após alguns anos afastado dos relvados, regressa à competição.

Depois de uma pré-epoca intensa a fazer prometer um início de campeonato muito competitivo, muitos jogadores apresentaram-se para o pontapé de saída em deficit de forma, revelando cansaço e alguma apatia, fruto talvez dos excessos dos festejos na noite anterior, que marcou mais um aniversário do Núcleo Amigos da Bácura.

Foi um jogo sem brilhantismo o que assistimos no passado Sábado. À fraca prestação ofensiva, que resultou no escasso número de golos, as equipas juntaram pouca movimentação e quase um deserto de ideias na tentativa de chegar às balizas. Não se assistiram a grandes movimentações colectivas, nem a grandes rasgos individuais, pelo que os momentos (poucos) de emoção foram criados por entendimentos ocasionais entre os jogadores.
Assistimos a um jogo em que as marcações e os sistemas defensivos se sobrepuseram aos ataques, pela inoperância, pouca imaginação e escassa disponibilidade física demonstrada pela maioria dos atletas.

As equipas escolhidas pelo método de sorteio apresentaram a seguinte constituição:



Ambas os setes apresentaram um esquema tradicional de 3 defesas, dois médios e um avançado, tendo a equipa A o Orlando na baliza, o Abel o Pedro e o Nuno Coelho na linha defensiva, o Bento e o Ca Jó a meio campo e o Hélder João na frente.
Os opositores, sem guarda-redes fixo começaram com o João Rodrigues na baliza, o Miguel Oliveira, o Marco e o Lineu na defesa, o Ribeirinho e o Quim Zé na linha média, e o Pupu na frente.

Início de jogo com toada calma, em que os jogadores, sem grande movimentação, poucas oportunidades de golo criaram.

Praticamente na primeira subida à área do Orlando, os da equipa B marcaram, aproveitando uma subida do Marco – um dos melhores em campo - que fazendo jus ao seu remate colocado, desfere um potente pontapé de fora da área e contando com um desvio do Nuno Bento e a passividade do Orlando, faz o 1-0.

O tento não alterou o cariz do jogo, e o equilíbrio manteve-se, até que uma vez mais no seguimento de uma iniciativa do Marco, a que o Orlando se opôs com excelentes reflexos, o Lineu de recarga faz o 2-0 no seguimento de um belo remate cruzado.

O segundo tento fez despertar a equipa A , que com ligeiro acerto táctico, fixando o Pedro Oliveira e fazendo subir mais o Nuno Coelho, lançam-se um busca do resultado.
O 2-1 aparece no seguimento de um contra-ataque bem jizado, permitindo uma triangulação perfeita em que o Hélder João assiste o Nuno Bento solto no centro da área para o encosto final.

Nesta fase do encontro, fruto das alterações tácticas e das mudanças na baliza adversária, a equipa A encostava os adversários junto à sua área e foi sem surpresa que chegam ao 2-2 na sequencia de uma bola bem medida para o Nuno Coelho, livre de marcação encher o pé e fuzilar o guarda-redes para a obtenção do melhor golo do jogo.

Até final, não houve grandes alterações e sentia-se que o empate não seria desfeito, se não houvesse uma falha ou algum rasgo individual, o que esteve para acontecer, quando o Quim Zé em cima da hora, corre isolado para a baliza e é travado pelo Ca Jó. Lance em que se reclamou penalty, e que daria expulsão, mas que o árbitro transformou em livre directo, e que a sua transformação nada alterou.

Resultado final de 2-2 num jogo de fraca qualidade, que marca o arranque da Liga Betadine.

Um a Um:
Equipa A
Orlando – Pouco trabalho. Se no lance do primeiro golo teve muitas culpas, no segundo, a sua defesa milagrosa não merecia a recarga indefensável do Lineu.
Abel – Longe do que já o vimos fazer. A noite não perdoa, e ele foi dos principais visados.
Nuno Coelho – Foi dos melhores em campo, coroado com a obtenção de um grande golo. A mudança táctica que permitiu a sua subida no terreno foi decisiva para a recuperação da sua equipa. Está em grande forma.
Pedro Oliveira – Não cumpriu com o que disse durante a semana e a sua exibição foi muito apagada. Foi dos que mais sentiu os reflexos da véspera.
Ca Jó – Tem bons pés e bom toque de bola, mas o tempo que passou afastado dos relvados não lhe perdoou. Sentiu-se algo perdido e acabou esgotado.
Nuno Bento – Correu muito, tentou o remate, mas as suas combinações com os colegas não lhe saíram bem. Foi dos que mais lutou.
Hélder João – Jogou sozinho na frente e entregue ás marcações adversárias. Teve missão difícil, e não teve muitos espaços. Fez as assistências para os dois golos da sua equipa e pouco mais.

Equipa B
João Rodrigues – Jogou a maioria do tempo numa posição que não conhece bem, e ressentiu-se. Teve uma excelente oportunidade de marcar, quando na sequência de um canto não cabeceou da melhor maneira.
Miguel Oliveira – Vinha de uma lesão longa, e essa situação condiciona-lhe a acção. Ainda assim, lutou como é seu apanágio e cumpriu bem tacticamente.
Marco Sousa – Foi dos melhores da sua equipa. Marcou um golo e esteve na origem do segundo. Foi a voz de comando da defesa e conseguiu resistir bem ao calor, uma das suas principais pechas.
Lineu – Como é habitual, ataca mais que defende. No jogo de ontem não fugiu à regra, mas foi mais eficaz a defender. Marcou o segundo golo da sua equipa.
Ribeirinho – Foi o médio mais recuado, e cumpriu. Não atacou muito, nem rematou de longe com o perigo habitual. Foi determinante a sua acção na baliza, com defesas milagrosas a evitar golos feitos. Bom jogo.
Quim Zé – Era o segundo médio e deveria ter funções mais ofensivas, o que acabou por não desempenhar a preceito. Não conseguiu combinações com o avançado, e a ligação meio campo – ataque quase não existiu. Longe do seu melhor.
Pupu – Totalmente alheado do encontro. Não foi o avançado matador que nos habituou, nem explorou os espaços deixados pelos defesas contrários.

Momento do jogo:
Na sequência de um cruzamento da direita do Hélder João, a bola sobra para o bico da área, de onde o Nuno Coelho desfere um potente remate indefensável ao ângulo superior esquerdo da baliza. Golo espectacular a deixar pregado o guarda-redes que se limitou a seguir a bola com o olhar.

Podium:


Até para a semana

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